Papa diz que notícias falsas sobre a Covid-19 são violações de direitos humanos
Pontífice condenou o que classificou como "infodemia", uma distorção da realidade fundamentada no medo e notícias falsas
O papa Francisco afirmou, nesta sexta-feira (28), que compartilhar notícias falsas e desinformação sobre a Covid-19 e as vacinas, incluindo pelos veículos católicos, é uma violação dos direitos humanos.
Foi a segunda vez em menos de um mês que o papa de 85 anos falou sobre o assunto. Há três semanas, Francisco condenou a desinformação ideológica “sem fundamentos” sobre vacinas, apoiando campanhas nacionais de imunização e classificando os cuidados à saúde como uma obrigação moral.
O papa fez os comentários em um pronunciamento a membros do consórcio catholicfactchecking.com, que reúne de veículos de imprensa católicos e cujo site diz ter o objetivo de “esclarecer notícias falsas e informações enganosas” sobre vacinas contra a Covid.
“Estar informado apropriadamente, receber ajuda para situações baseadas em dados científicos e não notícias falsas, é um direito humano”, disse o papa ao grupo. “A informação correta precisa ser garantida acima de tudo aos que são menos equipados, aos mais fracos e aos que são mais vulneráveis.”
Francisco denunciou o espalhamento da “infodemia”, que classificou como uma distorção da realidade fundamentada no medo, nas notícias falsas ou inventadas e em “supostas informações científicas”.
O pontífice afirmo que os que acreditam em notícias falsas não deveriam ser colocados em “guetos”, mas tentativas precisam ser feitas para tentar conquistá-los com a verdade científica.
“As fake news precisam ser refutadas, mas as pessoas individuais precisam ser sempre respeitadas, pois muitas vezes elas acreditam sem consciência total ou responsabilidade”, disse Francisco.