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    Papa apoia grupo de resgate de imigrantes visado por promotores italianos

    Seis membros da instituição Mediterranea Saving Humans devem ir a julgamento por causa das acusações

    da Reuters

    O papa Francisco se pronunciou nesta quarta-feira a favor de uma instituição italiana de resgate de imigrantes no mar, cujos membros estão enfrentando acusações de cumplicidade com a imigração ilegal.

    Um juiz deve decidir em 14 de fevereiro se Luca Casarini e cinco outros membros da instituição Mediterranea Saving Humans devem ir a julgamento por causa das acusações.

    “Eles fazem um bom trabalho, salvam muitas pessoas, muitas pessoas”, disse Francisco sobre a organização durante sua audiência semanal no Vaticano.

    Ao cumprimentar uma delegação da instituição presente na audiência, o papa afirmou que eles “saem ao mar para salvar as pessoas pobres que fogem da escravidão (na) África”.

    A delegação incluía Casarini, um ex-ativista de extrema-esquerda muito conhecido na Itália, que recentemente se alinhou com a Igreja Católica.

    Casarini, que é frequentemente atacado por jornais pró-governo e anti-imigração na Itália, foi um convidado especial na reunião de cúpula dos bispos, ou sínodo, que o papa presidiu em outubro.

    A Mediterranea foi indiciada em Ragusa, na Sicília, por uma operação de 2020 em que sua embarcação pegou 27 imigrantes de um navio de carga dinamarquês e os levou para a Itália.

    Os imigrantes, incluindo uma mulher grávida, ficaram presos no navio por mais de um mês após serem resgatados de um bote de madeira.

    A empresa que operava o navio de carga, a Maersk Tankers, pagou posteriormente a uma empresa ligada à Mediterranea cerca de 125.000 euros (R$ 668 mil), uma transferência de dinheiro que os promotores alegam estar relacionada a uma possível violação das leis de imigração da Itália.

    A instituição diz que foi apenas uma doação espontânea.

    (Reportagem de Alvise Armellini)

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