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    Otan recua da afirmação de que 300 mil soldados seriam colocados em alerta máximo

    Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança militar, havia feito o anúncio na segunda-feira (27)

    Natasha Bertrandda CNN

    Oficiais militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão retrocedendo o anúncio do secretário-geral, Jens Stoltenberg, de que 300 mil soldados “serão” colocados em alerta máximo em toda a aliança, agora dizendo que o número alto é um “conceito” que o bloco pretende promulgar até meados de 2023.

    Stoltenberg, disse na segunda-feira (27) que a Otan “aumentará o número de nossas forças de alta prontidão para bem mais de 300 mil”.

    Mas agora parece que esse número é mais ambicioso e se baseia em um novo modelo que a Otan acredita que levará pelo menos mais um ano para ser realizado.

    O anúncio inicial parecia ser um aumento de sete vezes em relação aos 40 mil soldados que a Otan tem atualmente em alerta máximo, e dois funcionários da Otan disseram à CNN que esse número pegou desprevenidos os chefes de defesa de muitos países da Otan.

    Não estava claro para eles, por exemplo, quais tropas de cada estado membro precisariam contribuir para essa nova força de alta prontidão, ou se países suficientes foram solicitados ou concordaram em fornecer as forças suficientes para isso. Foi um ponto de aparente confusão e desarticulação em uma demonstração altamente coreografada de unidade entre os aliados.

    Dois altos funcionários da Otan disseram a repórteres em um briefing nesta quinta-feira (30) que o novo modelo de alta prontidão acabará substituindo o modelo da Força de Resposta da Otan, mas que “ainda é um trabalho em andamento”.

    “Sabemos das nações, através de nosso processo de planejamento, o número de forças que as nações têm à sua disposição, a prontidão que elas têm”, disse um dos funcionários. “Portanto, haverá várias iterações de preenchimento deste modelo, mas não estaríamos fornecendo números para um modelo se não estivéssemos extremamente confiantes de que poderíamos entregar essas coisas. Mas é um trabalho em andamento”, completou.

    Os funcionários indicaram que, sob o novo modelo, muitas das tropas permaneceriam em seus países de origem, em vez de se moverem sob o comando das Operações do Comando Aliado da Otan. Mas eles estariam rapidamente disponíveis para a Otan caso surgisse uma crise de segurança, como se a Rússia atacasse um país membro.

    Questionado sobre qual seria o gatilho para mover essas forças para alerta máximo sob o comando da Otan, um dos funcionários apenas disse que envolveria “indicações e avisos” de um possível ataque.

    (Publicado por Lucas Schroeder)