Órgão da ONU diz que não há “risco imediato” na usina de Zaporizhzhia após explosão de barragem
Usina utiliza água do reservatório para diversos processos, como resfriamento; barragem foi atacada nesta terça-feira (6) em Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) disse nesta terça-feira (6) que seus especialistas estão “monitorando de perto a situação” e que “não há risco imediato de segurança nuclear” na usina nuclear de Zaporizhzhia após a destruição de uma grande barragem próxima.
A barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson, forneceu água para grande parte do sudeste da Ucrânia, incluindo a usina nuclear de Zaporizhzhia, que fica rio acima e também está sob controle russo.
Enquanto isso, a agência nuclear da Ucrânia afirmou nesta terça-feira que a destruição da barragem pode ter consequências negativas para a usina nuclear, mas a situação está sob controle.
“A água do reservatório de Kakhovka é necessária para que a usina receba o reabastecimento dos condensadores de turbina e sistemas de segurança do ZNPP”, disse a Energoatom em comunicado no Telegram.
“A lagoa de resfriamento agora está cheia: a partir das 8h [horário local], o nível da água é de 16,6 metros, o que é suficiente para as necessidades da usina.”
Um porta-voz das forças armadas da Ucrânia também disse nesta terça-feira que a situação na fábrica está “sob controle”.
A Ucrânia culpou a Rússia pela explosão da barragem, enquanto um alto funcionário instalado pela Rússia disse que sua destruição foi “um sério ataque terrorista”.