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    Opositor de Nicolas Maduro, Leopoldo López foge da Venezuela

    Partido de López não disse como ele deixou a Venezuela, embora pessoas próximas terem afirmado que ele se dirigiu à Colômbia

    Reuters

    Opositor do governo de Nicolas Maduro e membro fundador do partido Vontade Popular, o venezuelano Leopoldo López deixou a residência do embaixador espanhol em Caracas para fugir do país neste sábado (24). Ele estava na casa de Jesús Silva Fernández desde abril de 2019.

    O partido de López não disse como ele deixou a Venezuela. Fontes confirmaram sua chegada na Espanha, onde vive sua esposa. Fontes do governo espanhol afirmam que sua ida para o país era “iminente”.

    “Muito feliz por me reunir com meu filho em Madrii e desfrutar de sua liberdade na companhia da família. Obrigado à Espanha por seu apoio consistente aos princípios democráticos”, escreveu López em sua conta no Twitter no domingo. 

    López foi preso em 2014 após liderar protestos contra o presidente venezuelano Nicolas Maduro, e foi libertado provisoriamente em 2017. Da prisão domiciliar, ele foi mentor de Juan Guaidó, que no início do ano passado foi eleito chefe do congresso controlado pela oposição. Aconselhado por López, Guaidó então invocou a constituição para assumir uma presidência interina em uma tentativa de destituir Maduro.

    Em abril de 2019, quando Guaidó desencadeou uma breve revolta militar contra Maduro, Lopez apareceu nas ruas ao lado dele. Após o movimento não surtir efeito, López procurou abrigo na residência do embaixador espanhol.

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    A esposa de López, Lilian Tintori, que se juntou a ele na residência nos primeiros meses, conseguiu partir para a Espanha em maio, junto com sua filha.

    Guaidó confirmou a fuga de López em uma mensagem no Twitter e ridicularizou Maduro por não ter conseguido capturá-lo. “Zombando do seu aparato repressivo, conseguimos tirar Leopoldo López do país”, disse o opositor.

    O Vontade Popular, em um comunicado, disse que López deixou a residência espanhola “para promover novas ações pela liberdade da Venezuela”.

    O relacionamento de López com seus anfitriões espanhóis às vezes era turbulento. Depois de conceder a Lopez acesso à residência, o ministro das Relações Exteriores em exercício, Josep Borrell, disse que a Espanha não permitiria que sua embaixada em Caracas fosse usada como centro da oposição e que isso limitaria a atividade política de López.

    Borrell disse na ocasião que o governo espanhol não entregaria Lopez às autoridades venezuelanas, mas não lhe concederia asilo, pois ele teria que solicitá-lo em território espanhol.

    No sábado, o Ministério das Relações Exteriores espanhol disse no Twitter que a decisão de López foi “voluntária e pessoal”.

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