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    ONU relata pelo menos 136 mortes de civis na Ucrânia; 13 são crianças

    Segundo a agência de Direitos Humanos das Nações Unidas, 400 pessoas ficaram feridas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na última semana

    Emma Thomassonda Reuters

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    Pelo menos 136 civis foram mortos, incluindo 13 crianças, e 400 ficaram feridos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada, disse a agência de Direitos Humanos das Nações Unidas nesta terça-feira (1º).

    “O número real provavelmente será muito maior”, disse Liz Throssell, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU (ACNUDH), em um briefing, acrescentando que 253 das vítimas ocorreram nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

    O Programa Mundial de Alimentos da ONU está ampliando as atividades na Ucrânia para que possa apoiar até 3,1 milhões de pessoas, disse o porta-voz do PMA, Tomson Phiri, acrescentando: “Os suprimentos de alimentos estão acabando”.

    Ataque em Kharkiv

    Pelo menos dez pessoas morreram e 35 ficaram feridas em ataques com foguetes das forças russas no centro de Kharkiv, a segunda maior cidade de Ucrânia, nesta terça-feira (1º), de acordo com o assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Herashchenko.

    A explosão atingiu um prédio do governo e os arredores. “A Freedom Square foi atingida por um míssil de cruzeiro. Houve um segundo golpe de um foguete semelhante que atingiu o prédio depois que os socorristas chegaram (em 5-7 minutos). Um terço do prédio da administração caiu”, disse Herashchenko em um post no Telegram.

    A explosão atingiu um prédio do governo e os arredores, de acordo com vídeos do incidente postados pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia (Mofa) e funcionários do governo ucraniano. Os vídeos publicados nesta terça foram verificados pela CNN.

    O Ministério do Interior confirma o número de mortes após foguetes das forças russas atingirem o centro de Kharkiv. “Os escombros estão sendo removidos e haverá ainda mais vítimas e feridos”, disse o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, em um post nas redes sociais.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Mapa da Ucrânia
    Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira. Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito. A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (*Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)
     

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