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    ONU: Mais de 3 mil morreram em travessias marítimas para a Europa em 2021

    Número representa o dobro de mortes de 2020 e foi apresentado em relatório da agência de refugiados divulgado nesta sexta-feira (29)

    Emma Fargeda Reuters

    Mais de três mil refugiados, migrantes e requerentes de asilo morreram ou desapareceram em 2021 enquanto tentavam chegar à Europa pelas rotas marítimas do Mediterrâneo e do Atlântico. O número está em um relatório da agência de refugiados da ONU (ACNUR) divulgado nesta sexta-feira (29).

    Shabia Mantoo, da agência de refugiados da ACNUR, disse em uma coletiva de imprensa em Genebra que o número do ano passado representa quase o dobro do número de vidas perdidas em 2020.

    “Estamos vendo os aumentos dispararem”, disse ela. “É alarmante.”

    O ACNUR começou a compilar dados consolidados em 2019 e o número de vidas perdidas aumentou a cada ano.

    Até agora em 2022, 553 são dados como mortos ou desaparecidos e, consistente com anos anteriores, a maioria morreu na rota do Mediterrâneo Central.

    Os números não incluem aquelas vidas perdidas ao longo de rotas terrestres, como através do deserto do Saara, nem aquelas perdidas em centros de detenção administrados por contrabandistas de pessoas, onde os sobreviventes relataram violência sexual e casamento e trabalho forçados.

    Os mortos e desaparecidos têm origem em vários países da África do Norte e Subsaariana, incluindo Tunísia, Marrocos, Mali, Guiné, Eritreia, Egito, Costa do Marfim e Senegal, bem como Irã, Síria e Afeganistão, disse Mantoo.

    “Temos insistido para que haja ações humanitárias e de desenvolvimento que precisam ser fortalecidas para abordar esses fatores que forçam as pessoas a se mudarem”, acrescentou.

    Ela também reiterou preocupações com as rejeições, após a divulgação de um relatório do escritório de direitos humanos da ONU no ano passado, que dizia que a União Europeia é parcialmente culpada pelas mortes no Mediterrâneo devido a pedidos de socorro não respondidos e à obstrução dos esforços de resgate humanitário.

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