ONU está “progredindo” durante inspeção da usina de Zaporizhzhia após alegações de bombas no local
Rafael Grossi, que lidera a Agência Internacional de Energia Atômica, afirmou nesta sexta-feira (7) que funcionários visitaram locais e não constaram presença de explosivos
A Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) está “fazendo progressos” inspecionando várias áreas da usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, disse o chefe da AIEA, Rafael Grossi, nesta sexta-feira (7), após alegações de Kiev de que a instalação havia sido minada.
“Acho que estamos progredindo”, disse Grossi a repórteres em Tóquio.
Grossi disse que funcionários da AIEA visitaram locais, incluindo piscinas de resfriamento, e não viram “nenhuma indicação de explosivos ou minas nesses locais”.
Na última terça-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que a Rússia pode estar usando a usina nuclear como arma.
Ele acusou as tropas russas de colocar “objetos semelhantes a explosivos” nos telhados da fábrica.
O órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas ainda não teve acesso ao telhado, disse Grossi. Ele também lembrou aos repórteres que a usina está em uma “zona de guerra ativa” e que o acesso leva tempo.
Usina nuclear na linha de frente
A instalação de Zaporizhzhia é a maior usina nuclear da Europa e está sob controle russo desde março do ano passado.
Sua posição na linha de frente da guerra significa que o bombardeio nas proximidades é comum e tem sido frequentemente desconectado da rede elétrica da Ucrânia, aumentando repetidamente o medo de um acidente nuclear.