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    ONU encontra informações “convincentes” de que reféns em Gaza foram estuprados

    Hamas negou anteriormente acusações contra seus integrantes

    Richard Rothda CNN

    Uma equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) encontrou informações “claras e convincentes” de que reféns na Faixa de Gaza foram abusados sexualmente, disse Pramila Patten, enviada especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, a repórteres nesta segunda-feira (4).

    Existem “motivos razoáveis” para acreditar que a violência sexual continua, ainda segundo a especialista.

    De acordo com Patten, a equipe também encontrou “motivos razoáveis para acreditar que a violência sexual relacionada ao conflito, incluindo estupro e estupro coletivo, ocorreu” durante o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro em Israel.

    Essa é a conclusão mais definitiva da ONU sobre acusações de agressão sexual após o ataque.

    A equipe da ONU, liderada por Patten, visitou Israel entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro para uma missão “com o objetivo de coletar, analisar e verificar informações sobre a violência sexual relacionada ao conflito” durante o dia 7 de outubro e suas consequências, de acordo com um relatório de 24 páginas.

    A enviada especial enfatizou nesta segunda que a missão “não foi planejada para ser de natureza investigativa”, acrescentando que a equipe teve 33 reuniões com instituições israelenses enquanto estava em Israel, entrevistou 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas do ataque de 7 de outubro, e reféns libertados.

    Também revisaram 50 horas de vídeos dos ataques.

    Entretanto, a missão não conseguiu se encontrar com nenhuma vítima de violência sexual no dia 7 de outubro “apesar dos nossos esforços”, afirmou Patten.

    “Logo no primeiro dia, fiz um apelo para que os sobreviventes se apresentassem. Mas recebemos informações de que alguns deles estavam recebendo tratamento de trauma muito especializado e não estavam preparados para se manifestar”, explicou.

    O Hamas negou anteriormente que os seus integrantes tenham cometido estupro durante o ataque de 7 de outubro.

    “Rejeitamos e denunciamos veementemente a coordenação de alguns meios de comunicação ocidentais com as campanhas enganosas sionistas que promovem mentiras infundadas e alegações destinadas a demonizar a resistência palestina, a última das quais é a alegação de que membros da resistência cometeram ‘violência sexual’ durante a Batalha de Inundação em Al-Aqsa em 7 de outubro”, disse o gabinete político do Hamas em um comunicado no Telegram em dezembro.

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