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    ONU aposta na alta da oferta de alimentos à base de insetos em prol da segurança alimentar

    Atualmente, insetos são uma fonte essencial de alimentos para pelo menos 2 bilhões de pessoas no mundo

    Segundo a ONU, pelo menos 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo se alimentam de insetos
    Segundo a ONU, pelo menos 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo se alimentam de insetos Foto: CNN

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    Uma parceria firmada pelas Nações Unidas (ONU) e países que participaram da Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP27) propõe a produção de insetos como comida para humanos e rebanhos de animais.

    A iniciativa considera os insetos como uma fonte de proteína e de micronutrientes que não geram grandes quantidades de gases prejudiciais ao clima. Especialistas de uma agência da ONU avaliam que os insetos comestíveis passaram a ser uma área, cada vez mais explorada, com o aumento da demanda de consumidores, principalmente devido às barreiras criadas pela mudança climática à distribuição e disponibilidade de alimentos.

    Segundo a ONU, com um mundo com 8 bilhões de pessoas, não levará muito tempo para que as prateleiras de supermercados passem a oferecer comidas prontas à base de insetos.

    Segundo o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD, em inglês), embora a agricultura seja o maior contribuinte para a mudança climática, ela também deve ser parte da solução. Os pequenos produtores agrícolas tendem a evitar o uso de fertilizantes danosos ou maquinários à base de combustíveis fósseis.

    Na iniciativa Compromisso Global do Metano, o Ifad e parceiros querem ajudar os produtores a reduzir ainda mais suas emissões. O metano é o principal gás causador do efeito estufa.

    Na proposta que inclui a disseminação de insetos como alimentos, os especialistas lembram que os insetos têm uma alta taxa de reprodução, um ciclo de vida curto e não precisam de grandes áreas de cultivo ou de água para a criação.

    Os insetos já são, atualmente, uma fonte essencial de alimentos para pelo menos 2 bilhões de pessoas no mundo. No entanto, nos países do Ocidente a reavaliação do papel que eles ocupam em sistemas alimentares é recente.

    Tendo em vista os baixos custos de produção e espaço necessários para os insetos, a agência da ONU estima que até mesmo as pessoas mais pobres dos países em desenvolvimento poderão criar, vender e comer os insetos.

    A agência da ONU lembra que o mundo tem mais de 2 mil tipos de insetos comestíveis que vão de grilos a cigarras. Especialistas garantem que existem insetos saborosos e muitas escolhas a serem feitas.

    Apesar de reconhecerem que inserir insetos na dieta das pessoas não resolverá o problema da emergência climática, o Ifad aponta que o novo estilo de vida pode sim diminuir, de forma significativa, o impacto sobre o meio ambiente.

    Algumas empresas já começaram a produzir e processar insetos nas rações de animais. E outras companhias começaram a aumentar a conscientização para a importância de uma dieta baseada a insetos comestíveis.

    (Com informações da Agência ONU)