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    Onda de violência atinge Equador; presidente declara estado de emergência

    Ao menos oito pessoas morreram em diferentes ocorrências em três províncias do país, incluindo o prefeito de uma cidade costeira; regiões terão toque de recolher noturno 

    Da Reuters

    Quito

    O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou nesta segunda-feira (24) estado de emergência e toque de recolher noturno em três províncias costeiras, em meio a uma onda de violência no fim de semana no país andino que deixou pelo menos oito mortos.

    Lasso declarou estado de emergência nas províncias de Manabi e Los Rios e na cidade de Duran, perto de Guayaquil, depois que Agustin Intriago, prefeito da cidade costeira de Manta, foi morto a tiros no domingo.

    Também vem na esteira dos tumultos ocorridos no fim de semana no presídio Penitenciaria del Litoral, em Guayaquil, envolvendo confrontos entre gangues dentro do presídio.

    Lasso frequentemente recorre à declaração de estado de emergência enquanto o Equador luta contra motins nas prisões e ondas de violência em todo o país.

    “Não podemos negar que o crime organizado permeou o Estado, as organizações políticas e a própria sociedade, é um problema que vem fermentando há mais de uma década”, disse Lasso após uma reunião do gabinete de segurança.

    O estado de emergência durará 60 dias nas províncias, enquanto o toque de recolher variará durante esse período, informou o governo.

    O assassinato do prefeito de Manta está sob investigação, disse Lasso.

    Os motins de domingo deixaram pelo menos seis reclusos mortos e 11 feridos, segundo a autoridade prisional do SNAI.

    Os presos também fizeram 96 guardas como reféns nas prisões de Cotopaxi, Azuay, Cañar, El Oro e Napo, e continuam uma greve de fome iniciada no domingo em 13 prisões equatorianas, sem revelar os motivos das greves.

    O sistema prisional do país sul-americano enfrenta problemas estruturais há décadas, mas a violência carcerária disparou desde 2021, matando pelo menos 400 pessoas em confrontos frequentes, que têm despertado a preocupação das Nações Unidas e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

    (Reportagem de Alexandra Valencia)