Onda de calor mata 26 pessoas no México
Animais também foram atingidos; macacos ameaçados de extinção faleceram com suspeita de desidratação
Dados do Ministério da Saúde do México mostram que pelo menos 26 pessoas morreram de causas relacionadas ao calor entre 17 de março e 11 de maio.
“Nos próximos 10 a 15 dias, o país experimentará as temperaturas mais altas já registradas”, disseram pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) em comunicado.
As temperaturas na capital podem atingir um recorde de 35 °C nas próximas duas semanas, pontuou Jorge Zavala, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas e Mudanças Climáticas da UNAM.
A maior parte dos 21 milhões de habitantes da área metropolitana não tem ar condicionado. No início deste mês, a Cidade do México foi uma das cerca de dez cidades do país que tiveram o dia mais quente já registrado.
O calor também afetou algumas espécies ameaçadas, incluindo os macacos bugios, que estão morrendo por suspeita de desidratação no sul do México.
Na cidade de León, no estado central de Guanajuato, um zelador forneceu água para gansos e patos na terça-feira (21) depois que o reservatório de uma barragem próxima secou.
“Temos que ajudá-los um pouco, porque eles sofrem”, comentou Carlos Cuevas, o zelador.
Sob uma tenda perto do reservatório ressecado, Alfonso Cortes, um arcebispo católico local, conduziu uma missa para chover enquanto os paroquianos se abanavam no calor.
“Vamos rezar para que o Senhor envie ao nosso estado e a todos os seres humanos a dádiva da água”, comentou Cortes.
“Tudo gira em torno da nossa vida e da água”, adicionou.