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    OMS suspende entrega de ajuda médica ao norte de Gaza por falta de segurança

    Diretor-geral da organização, Tedros Adhanom afirmou estar "chocado com a escala das necessidades de saúde e da devastação no norte de Gaza"

    Sede da OMS, em Genebra
    Sede da OMS, em Genebra 02/02/2023REUTERS/Denis Balibouse

    Da Reuters

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que foi obrigada a cancelar uma missão para levar suprimentos médicos ao norte de Gaza no domingo (07), depois de não ter recebido garantias de segurança.

    Foi a quarta vez que a OMS teve que cancelar uma missão planejada para levar suprimentos médicos urgentemente necessários ao Hospital Al-Awda e à farmácia central no norte de Gaza desde 26 de dezembro, de acordo com a agência.

    “Já se passaram 12 dias desde a última vez que conseguimos chegar ao norte de Gaza”, escreveu o escritório da OMS nos territórios palestinos ocupados na plataforma de mídia social X.

    “Bombardeios pesados, restrições de movimento e comunicações interrompidas estão tornando quase impossível a entrega de suprimentos médicos com regularidade e segurança em Gaza, particularmente no norte.”

    A entrega planejada no domingo, segundo a OMS, visava sustentar as operações de cinco hospitais na parte norte do enclave.

    O porta-voz do governo israelense Eylon Levy disse que não tinha informações sobre a afirmação da OMS, encaminhando as perguntas às Forças de Defesa de Israel.

    O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou estar “chocado com a escala das necessidades de saúde e da devastação no norte de Gaza”.

    “Mais atrasos levarão a mais mortes e sofrimento para um número enorme de pessoas”, escreveu ele no X.

    Em comentários separados, o grupo de ajuda International Rescue Committee disse que sua equipe médica de emergência e a instituição de caridade Medical Aid for Palestinians foram forçadas a se retirar e encerrar suas atividades no Hospital Al-Aqsa, na área central de Gaza, devido à crescente atividade militar de Israel na região.

    A ofensiva israelense lançada após um ataque mortal do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro deslocou a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, deixou muitas casas e infraestruturas civis em ruínas e causou escassez aguda de alimentos, água e medicamentos.