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    Ômicron faz com que mais de 4.000 voos sejam cancelados em todo o mundo

    Número é referente ao fim de semana do Natal; total de casos de Covid-19 vem aumentando nos últimos dias nos Estados Unidos e Europa

    Cancelamento dos voos ocorreu em período que tradicionalmente é marcado pela alta demanda
    Cancelamento dos voos ocorreu em período que tradicionalmente é marcado pela alta demanda Foto: Joshua Roberts/Reuters

    Arriana McLymoreda Reuters

    Nova York

    As companhias aéreas comerciais de todo o mundo cancelaram cerca de 4.300 voos no fim de semana de Natal, já que uma onda crescente de novos casos de Covid-19 causada pela variante Ômicron criou maior incerteza para os viajantes de férias.

    As empresas cancelaram globalmente pelo menos 2.366 voos na sexta-feira (24), que caiu na véspera de Natal e é um dia tipicamente pesado para viagens aéreas, de acordo com uma contagem corrente no site de rastreamento de voos FlightAware.com. Quase 9.000 voos foram atrasados.

    O site mostrou que 1.616 voos de Natal foram cancelados em todo o mundo, junto com 365 outros que estavam programados para o domingo (26).

    Entre as primeiras companhias aéreas dos Estados Unidos a relatar uma onda de cancelamentos no fim de semana do feriado estão a United Airlines e a Delta, que eliminaram quase 280 voos combinados apenas na sexta-feira, citando a falta de pessoal em meio ao aumento de infecções pelo coronavírus.

     

    As contaminações aumentaram nos Estados Unidos nos últimos dias devido à variante Ômicron, considerada por especialistas como altamente transmissível. Ela foi detectada pela primeira vez em novembro e agora é responsável por quase três quartos dos casos nos EUA e até 90% em algumas áreas, como a Costa Leste.

    O número médio de novos casos de coronavírus nos EUA aumentou 45% para 179.000 por dia na semana passada, de acordo com uma contagem da Reuters.

    Nova York relatou mais de 44 mil novas infecções confirmadas somente na sexta, quebrando o recorde diário daquele estado. Pelo menos dez outros estados estabeleceram novos registros de casos de um dia na quinta ou sexta-feira.

    O aumento das hospitalizações afetou os sistemas de saúde de maneira especialmente dura no meio-oeste dos Estados Unidos, com unidades de terapia intensiva em Indiana, Ohio e Michigan se preparando para o pior, mesmo enquanto permanecem sob a pressão de uma onda anterior de casos de variantes Delta.

    Na Grã-Bretanha, muitas indústrias e redes de transporte lutavam com a falta de pessoal, visto que os trabalhadores doentes se isolavam, enquanto os hospitais alertavam para o risco de impacto na segurança do paciente.

    Um em cada 20 londrinos tinha Covid-19 na semana passada, um número que pode subir para um em cada dez no início da próxima semana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pelo Office for National Statistics.

    Dados do governo local mostraram uma contagem recorde de 122.186 novas infecções em todo o país na sexta-feira, marcando o terceiro dia em que o número de casos conhecidos ultrapassou a marca de 100 mil.

    Embora pesquisas recentes sugiram que a Ômicron provoca um quadro mais brando da doença e menor taxa de hospitalização do que as variantes anteriores, as autoridades de saúde mantiveram uma nota cautelosa sobre as perspectivas.

    “Há um vislumbre de esperança de Natal, mas definitivamente ainda não está no ponto em que poderíamos diminuir essa ameaça séria”, disse Jenny Harries, chefe da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, à BBC.

    A França atingiu outro recorde de casos de Covid-19 na sexta, com sua contagem diária superior a 94 mil, enquanto as hospitalizações pelo vírus atingiram um máximo de sete meses, levando o governo a convocar uma reunião especial para a próxima segunda-feira (27), que poderá desencadear novas restrições de saúde pública.

    Apesar do alerta, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá suspender na próxima semana as restrições de viagens em oito países da África Austral impostas no mês passado devido às preocupações sobre a variante Ômicron, disse a Casa Branca.