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    Oficiais do Pentágono ainda não falaram com russos de alto escalão sobre Ucrânia

    Putin tem mantido contato com Macron, Scholz e Bennett, mas conversas com Joe Biden e com outros oficiais dos EUA ainda são dificultadas

    Jeremy HerbBarbara Starrda CNN

    Líderes militares russos de alto escalão recusaram as ligações de seus colegas americanos desde antes do início da invasão da Ucrânia, disse um porta-voz do Pentágono na quinta-feira (24).

    A última vez que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, falou com o ministro da Defesa russo, Sergey Shoygu, foi em 18 de fevereiro, enquanto o Chefe do Estado-Maior, general Mark Milley, falou pela última vez com o Chefe do Estado-Maior russo, General Valery Gerasimov, em 11 de fevereiro, informou anteriormente a CNN.

    “Durante o mês passado, o secretário Austin e o general Milley procuraram, e continuam a insistir, nas ligações com seus homólogos russos. Até agora, o ministro Shoigu e o general Gerasimov têm se recusado a se envolver”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, em uma declaração.

    “Continuamos a acreditar que o engajamento entre os líderes de defesa dos EUA e da Rússia é extremamente importante neste momento”, concluiu.

    O exército dos EUA mantém uma linha telefônica de “desconflito” com os militares russos, que o Pentágono testar diariamente, mas que não tem sido usada por nenhuma razão substantiva.

    A razão para a linha de “desconflito” é tentar evitar qualquer erro de cálculo que possa agravar a guerra da Rússia com a Ucrânia, que está às portas do território da Otan.

    O jornal “Washington Post” foi o primeiro a informar sobre as tentativas de Austin e Milley de contatar seus homólogos russos.

    Houve alguns contatos entre autoridades americanas e russas desde que a guerra começou. A CNN informou da ocorrência de reunião na semana passada entre oficiais militares russos e dois membros da defesa dos EUA, no Ministério da Defesa russo em Moscou.

    Na reunião, houve uma “explosão” de emoção de um general russo normalmente estoico, o que as autoridades americanas disseram nunca ter testemunhado de seus contrapartes russos em uma reunião oficial, de acordo com um relatório a par da reunião obtido pela CNN.

    No início desta semana, o Ministério das Relações Exteriores russo convocou o embaixador americano na Rússia, John Sullivan, após o presidente americano Joe Biden ter chamado o presidente russo Vladimir Putin de “criminoso de guerra”.

    Sullivan levantou preocupações sobre os cidadãos americanos atualmente detidos na Rússia durante a reunião. Na semana passada, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, falou com seu homólogo russo naquele que foi o contato de mais alto nível entre os dois países desde que a guerra começou.

    Os Estados Unidos acreditam que a recusa da Rússia em realizar reuniões do alto escalão se deve à preocupação no Kremlin de que os encontros arriscariam uma admissão tácita de que existe uma situação anormal na Ucrânia, de acordo com a leitura dos EUA.

    Enquanto os chefes de estado de vários aliados americanos — incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett — têm falado com Putin desde que a invasão russa da Ucrânia começou no mês passado, Biden não o fez.

    Após Biden ter rotulado Putin de “criminoso de guerra” na semana passada em meio ao aumento das baixas civis na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores russo disse que a observação de Biden “colocou as relações russo-americanas à beira da ruptura”.

    Na quarta-feira, o Departamento de Estado acusou formalmente as forças russas de crimes de guerra por terem civis como alvo.

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