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    Ocidente é culpado por guerras e turbulência mundial, diz chanceler da Rússia

    Sergei Lavrov justificou que países ocidentais se lançam em conflitos a milhares de quilômetros de suas fronteiras para resolver problemas internos

    Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou
    Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou 27/12/2023 Alexander Nemenov/Pool via REUTERS

    da Reuters

    “As intrigas dos países do Ocidente, cujo domínio está diminuindo, são as grandes responsáveis por lançar o mundo em turbulência”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em entrevista à agência oficial de notícias da Rússia nesta quinta-feira (28).

    Lavrov afirmou que ninguém no mundo inteiro pode ter a certeza de que sairá ileso do que chama de “maquinações ocidentais” em 2024.

    A Rússia tem atribuído às potências ocidentais uma tentativa de expansão, que serviria para impor derrotas a Moscou e conferir mais poder à Otan. A guerra na Ucrânia, por exemplo, é descrita como uma luta existencial contra o “Ocidente coletivo”, decidido a expandir o alcance da Otan.

    “As tempestades continuam no mundo, e uma das razões é que os círculos governantes do Ocidente provocam crises a milhares de quilômetros de suas fronteiras para resolver seus próprios problemas às custas de outros povos”, disse Lavrov, em trechos da entrevista divulgados antes da publicação completa.

    “Pode-se dizer que, dadas as condições em que o Ocidente está se agarrando à dominação que lhe escapa, ninguém está protegido de suas intrigas geopolíticas. Há uma compreensão crescente disso”, complementou.

    Moscou passou a culpar o Ocidente por grande parte da turbulência e do conflito em regiões amplamente separadas. Também atribui eclosão do conflito no Oriente Médio ao que chama de resultado dos fracassos de longa data da política externa dos Estados Unidos. A Rússia defende o estabelecimento de um Estado Palestino.

    Em seus comentários, Lavrov pediu a redução da escalada do conflito no Oriente Médio, denunciando como “inaceitáveis” os atos de terror e a “punição coletiva”.