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    O que se sabe até agora sobre a ameaça ao Capitólio, sede do Congresso dos EUA

    Homem de 25 anos avançou com o carro sobre barricada, em incidente que terminou com a morte do motorista e de um policial

    Um porta-foz da Guarda Nacional do Distrito de Columbia disse à CNN que enviou uma Força de Resposta ao Congresso dos EUA para apoiar a Polícia do Capitólio
    Um porta-foz da Guarda Nacional do Distrito de Columbia disse à CNN que enviou uma Força de Resposta ao Congresso dos EUA para apoiar a Polícia do Capitólio Foto: CNN

    CNN

    Um policial morreu e outro ficou ferido depois que um suspeito avançou com um carro sedan azul contra a Barricada Norte do Capítólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, de acordo com nota da Polícia do Capitólio.

    Depois de atropelar os agentes, o homem de 25 anos, identificado como Noah Green, saiu do veículo e conseguiu esfaquear um dos policiais, William “Billy” Evans, que acabou morrendo a caminho do hospital. O outro agente segue internado, mas está fora de risco.

    Policial morto em ataque ao Capitólio, Billy Evans
    Policial morto em ataque ao Capitólio, Billy Evans servia à corporação havia 18 anos
    Foto: Divulgação/Polícia do Capitólio dos EUA

    A Polícia do Capitólio disparou contra o suspeito, que também não resistiu aos ferimentos.

    O ataque contra o Capitólio dos Estados Unidos chegou a colocar o prédio e as ruas ao redor em bloqueio total por cerca de duas horas na tarde nesta sexta-feira (2), mas o local do crime continua com acesso restrito. As agressões ocorreram por volta das 13 horas no horário local, cerca de 14 horas no horário de Brasília.

    Sobre o suspeito

    Fontes informaram à CNN que homem suspeito se chamava Noah Green e tinha 25 anos. Ainda não se sabe o que motivou o ataque, mas afirmaram que o suspeito estava consciente quando foi levado sob custódia e então encaminhado ao hospital.  

    De acordo com o chefe interino do Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, Robert Contee, o ataque “não parece estar relacionado ao terrorismo”, mas as investigações vão apurar a motivação do crime.

    Reforço policial

    Tropas do Exército americano foram enviadas para o Capitólio a fim de reforçar a segurança no local. Também a Guarda Nacional do Distrito de Columbia, onde fica a capital americana, enviou uma Força de Resposta Imediata para dar apoio à Polícia do Capitólio. 

    O escritório do FBI em Washington também foi acionado e está colaborando com as demais forças. 

    Reações

    O presidente Joe Biden enviou uma declaração sobre o ataque. Ele enviou “sinceras condolências à família de Evans” e disse saber “o quão difícil estes tempos têm sido para o Capitólio, todos que trabalham lá e aqueles que o protegem”. Biden disse que está sendo informado continuamente sobre os acontecimentos pelo Conselho de Segurança Interna e ordenou que as bandeiras da Casa Branca sejam baixadas a meio mastro. 

    A presidente da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), Nancy Pelosi, ordenou que as bandeiras do Capitólio fossem hasteadas a meio mastro devido à morte do policial. 

    “Hoje, o coração da America foi partido pela trágica e heroica morte de um dos nossos herois da Polícia do Capitólio: oficial William Evans. Ele é um mártir da nossa democracia”, escreveu em Pelosi em nota à imprensa.

    Pelo Twitter, o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, se disse em oração pelos policiais feridos durante o ataque e afirmou que ainda estava tentando entender o que aconteceu. 

    O deputado democrata Ro Khanna afirmou que o ataque trouxe de volta as memórias da insurreição ocorrida no mesmo Capitólio em 6 de janeiro deste ano. “Há uma sensação de que simplesmente ficou perigoso trabalhar”, disse. 

    A chefe em exercício da Polícia do Capitólio, Yogananda Pittman, disse que “este tem sido um momento extremamente difícil para a polícia do Capitólio dos Estados Unidos depois dos eventos de 6 de janeiro, e agora dos eventos que ocorreram aqui hoje”. “Então, eu peço que você mantenha nossa família da polícia do Capitólio dos Estados Unidos em seus pensamentos e orações”.

    6 de janeiro

    Menos três meses antes deste ataque contra os policiais que fazem a segurança do Capitólio, o mesmo prédio foi palco de uma invasão por parte apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump, que constesta o resultado das eleições que fizeram do democrata Joe Biden seu sucessor. O ocorrido deixou cinco mortos, sendo quatro invasores e um policial do Capitólio. 52 duas pessoas foram presas.

    Na ocasião, o Congresso americano se reuniu para dar a certificação da vitória de Biden e de sua vice, Kamala Harris. O então vice-presidente, Mike Pence, foi retirado às pressas do local. O plenário foi desocupado e os parlamentares presentes deixaram o prédio usando máscaras de gás.

    O escritório da presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, com quem Trump antagonizou durante todo o seu mandato, foi invadido e depredado pelos simpatizantes do ex-presidente.

    A invasão foi antecidida por um discurso de Trump feito a seus apoiadores a poucos quarteirões da Casa Branca. Em sua fala, o republicano se negou a reconhecer a vitória de Biden e disse que “jamais iria conceder” a vitória ao democrata. “Será que alguém acredita que Joe recebeu 80 milhões de votos?”, provocou Trump. 

    (Com informações de Gregory Prudenciano, Renato Barcellos, Leonardo Lopes e Weslley Galzo, da CNN, em São Paulo)