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    O que podemos fazer é um apelo humanitário, diz Amorim sobre retirada de brasileiros de Gaza

    Chefe da assessoria internacional da Presidência, o ex-chanceler Celso Amorim comentou sobre as negociações para repatriação de brasileiros em meio a guerra

    Isabelle Salemeda CNN , São Paulo

    O chefe da assessoria internacional da Presidência da República, Celso Amorim, disse, nesta terça-feira (31), que o governo brasileiro tem feito um apelo para que o sentido humanitário seja levado em consideração pelas autoridades de Israel, em meio ao conflito com o Hamas, iniciado em 7 de outubro.

    “As negociações não dependem só de nós. Na realidade, o que nós podemos fazer é um apelo. Um apelo ao sentido humanitário. Agora, as negociações dependem da situação, da atitude de Israel, dependem do Egito… Temos encontrado boa receptividade. Dependem do Hamas até”, disse Amorim durante um evento promovido pelo Instituto Brasil África, em São Paulo.

    “De certa maneira as pessoas não teriam nem vindo ao sul de Gaza se as autoridades locais não tivessem colaborado. Então é preciso ter consciência de que tudo isso é uma situação complexa e que você tem que lidar com todos os lados, sem abdicar dos seus valores, mas da maneira mais hábil possível”, completou.

    Para retirar os brasileiros que estavam em Israel, o governo enviou voos da Força Aérea Brasileira (FAB) que já repatriaram 1.413 passageiros e 53 animais.

    No entanto, a operação tem a dificuldade de retirar as pessoas que estão na Faixa de Gaza. A aeronave VC-2, cedida pela Presidência da República, está em Cairo, no Egito, onde aguarda autorizações para resgatar brasileiros que estão na área mais afetada pelo conflito.

    O ex-ministro das Relações Exteriores disse, mais uma vez, que há uma grande preocupação no Planalto sobre o assunto.

    “Nós temos concentrado toda a atenção nisso, o presidente Lula falou muito com chefes de Estado da região, com países que têm influência na região. E esse é o principal aspecto para nós porque é a nossa responsabilidade com os brasileiros. Agora, isso depende de negociações complexas. Nós temos consciência disso, mas é preciso colocar a questão humanitária em primeiro lugar”, comentou o ex-chanceler.

    Não só dos brasileiros, em geral, mas nós temos que cuidar dos brasileiros, como demonstramos claramente, temos demonstrado. Todo dia nosso embaixador tem tido contato, mas vamos esperar que haja uma compreensão de que é muito importante você ter essa prioridade humanitária. Primeiro a vida, depois os outros aspectos

    Celso Amorim

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