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    Número de migrantes venezuelanos na fronteira sul dos EUA cresce 12.000%

    Segundo a ONU, cerca de seis milhões de pessoas deixaram o país sul-americano durante a pandemia

    Da CNN em Espanhol

    11.948%. É o aumento drástico de migrantes venezuelanos na fronteira sul dos Estados Unidos, segundo dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês).

    Em dezembro de 2020, foram registrados 206 encontros entre agentes de patrulha de fronteira e venezuelanos; em um ano, aumentaram para 24.819.

    A pandemia de Covid-19 agravou a crise humanitária e a instabilidade política que tomou conta da Venezuela nos últimos anos, segundo a ONU. No total, cerca de 6 milhões de pessoas fugiram do país sul-americano, geralmente para outras partes da América Latina.

    No entanto, nos últimos meses, um número recorde de venezuelanos tentou cruzar a fronteira entre EUA e México.

    Os dados relatados pelo CBP incluem casos de inadmissibilidade, bem como prisões e remoções feitas sob a controversa ordem de saúde pública, conhecida como Título 42, que permite que as autoridades removam rapidamente – entre 10 a 15 minutos – migrantes que se encontram na sua fronteira sul, impedindo os requerentes de asilo de apresentarem a sua petição.

    A rápida expulsão de migrantes também tem sido associada a um aumento no número de pessoas que cruzaram repetidamente a fronteira.

    A medida de saúde pública foi implementada no início da pandemia. No entanto, políticas como o Título 42 continuam a limitar o acesso ao país, de acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

    “As expulsões sumárias e em massa de pessoas que estão sendo realizadas sob a autoridade do Título 42, sem examinar as necessidades de proteção, são incompatíveis com os padrões internacionais”, disse o ACNUR em setembro de 2021.

    Com o maior número de venezuelanos se deslocando à Colômbia no início deste ano, a embaixada da Venezuela nos Estados Unidos afirmou que “maiores restrições aos venezuelanos somente tornaria a crise pior”.

    A embaixada também pediu que os migrantes venezuelanos enviem seu pedido de asilo. “Rejeitar sumariamente esse pedido humanitário de ajuda só deixa os venezuelanos mais indefesos e vulneráveis. Devolvê-los à Venezuela traz consequências ainda piores”, acrescenta.

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