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    Novos objetos abatidos têm formato diferente dos balões, detalha professor

    Em entrevista à CNN, o professor de relações internacionais Vitelio Brustolin afirmou que não há evidências de uma correlação entre os acontecimentos até o momento

    Lucas RochaElis Francoda CNN

    em São Paulo

    Autoridades dos Estados Unidos investigam os objetos voadores abatidos nos últimos dias. Até o momento quatro objetos foram derrubados no país.

    Na semana passada, os Estados Unidos derrubaram um suposto balão espião de origem chinesa que sobrevoava a costa da Carolina do Sul.

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (13), o professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da Universidade de Harvard, Vitelio Brustolin, afirmou que até o momento não há evidências de uma correlação entre os acontecimentos.

    “Esses últimos objetos que foram encontrados nos últimos três dias e derrubados têm um outro formato, cilíndrico, octogonal, têm cordas penduradas. Segundo algumas fontes dentro do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, não há indícios até o momento de que eles teriam um equipamento de monitoramento, mas esses objetos estão sendo analisados e é possível que se encontre alguma evidência que possa fazer uma correlação entre os dois fatos”, disse.

    O especialista recordou que o episódio do balão trouxe repercussões negativas para a relação entre Estados Unidos e China.

    “No incidente do balão, foi cancelada a viagem do Antony Blinken, secretário de Estado, que estava indo para a China discutir a questão de Taiwan, que é uma questão que interessa o mundo inteiro por que Taiwan é reconhecido pelos Estados Unidos e pela maior parte da comunidade internacional como um território chinês, mas existe um alerta dos Estados Unidos de que a China não pode sancionar economicamente Taiwan e nem usar força contra Taiwan”, afirmou.

    De acordo com Brustolin, operações que testam a defesa aérea dos países não são incomuns.

    “É muito comum que a China faça operações com balões, desde 2001 vem fazendo. No ano passado, até enviou dois balões de vigilância sobre Taiwan. Essas operações de testar a defesa aérea dos países também não são incomuns. É muito comum, por exemplo, que aviões cheguem até o limite da fronteira com outros países e desviem a rota no último momento para testar a defesa antiaérea, como os países se comportam na fronteira”, detalha.