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    Novo vídeo mostra momentos finais do líder do Hamas, Yahya Sinwar, segundo Israel

    Porta-voz militar israelense declarou que guerra em Gaza continua

    Mussab Al-Khairallada Reuters

    Israel divulgou novas imagens neste sábado (19) mostrando o líder do Hamas, Yahya Sinwar, antes do prédio em que ele estava ser destruído por um tanque.

    A localização do vídeo foi verificada pela agência Reuters pelas características do edifício.

    O porta-voz militar israelense Daniel Hagari declarou, em uma coletiva de imprensa, que a campanha de Israel em Gaza não terminará com a morte de Sinwar. Ele acrescentou que as operações continuam até “trazer todos os reféns para casa, por qualquer meio possível”.

    Líderes ocidentais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseram que a morte de Sinwar pode ser uma oportunidade para um acordo de cessar-fogo em Gaza e negociações para libertação de reféns.

    Quem é Yahya Sinwar?

    Figura de longa data no Hamas, Yahya Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.

    Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.

    Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.

    No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).

    Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.

    Saiba mais sobre quem foi Yahya Sinwar através desta matéria.

    Entenda o conflito na Faixa de Gaza

    Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

    O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

    Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

    A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

    Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para que os reféns sejam libertados.

    Com informações da CNN e Reuters

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