Novo premiê francês é contra imigração e negociou o Brexit; veja histórico
Michel Barnier foi indicado ao cargo nesta quinta-feira pelo presidente Emmanuel Macron
O presidente francês Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier como novo primeiro-ministro nesta quinta-feira (5), em uma tentativa de acabar com a paralisia política após uma eleição parlamentar em que nenhum partido obteve maioria absoluta.
A indicação exigiu negociações com os principais blocos que saíram vencedores da disputa — e deixou de fora as duas principais forças eleitas ao parlamento: o bloco de esquerda, liderado pelo partido França Insubmissa, e o partido de ultradireita, Reunião Nacional.
Histórico do novo premiê francês
Michel Barnier foi responsável por conduzir a diplomacia Europeia nas negociações da saída do Reino Unido do bloco.
Ele iniciou sua carreira política em 1978, aos 27 anos, quando foi eleito deputado do distrito de Savoie, localizado no centro-leste da França. O eleitorado da região é visto como majoritariamente de centro-direita e tem influência no movimento político iniciado pelo general e ex-presidente Charles de Gaulle.
Durante a presidência de Jacques Chirac, Barnier foi ministro do Meio Ambiente (1993-1995) e responsável pela interação da França com o restante da Europa (1995-1997).
O representante da centro-direita francesa também foi ministro das Relações Exteriores em 2004, durante um ano. Dois anos mais tarde foi ministro da Agricultura e logo no mesmo ano se elegeu ao Parlamento Europeu.
Em 2010, Barnier participou da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco europeu, e negociou uma nova regulamentação extensiva do mercado financeiro pouco tempo depois da crise mundial de 2008.
Quando o Reino Unido saiu do bloco da União Europeia, em 2016, Barnier foi um dos negociadores que representavam o bloco nas conversas.
O político decidiu se candidatar à Presidência da França em 2021. Nesse período, endureceu as críticas à imigração e adotou políticas mais conservadoras do que aquelas observadas ao longo de sua carreira.
Ainda assim, Michel Barnier não conseguiu ser nomeado pelo seu partido conservador.
(Com informações da Reuters)
