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    Nova Zelândia fará reabertura de fronteiras a partir do início de 2022

    País quer voltar a receber viajantes vacinados sem quarentena obrigatória; Brasil é considerado país de alto risco para contaminação do coronavírus

    Ben Westcott and Carly Walsh, da CNN

    A Nova Zelândia abrirá suas portas para viajantes vacinados de países de baixo risco de contaminação do coronavírus a partir do início de 2022, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern nesta quinta-feira (11). Ela sinalizou um relaxamento provisório dos controles de restrição na fronteira do país.

    “Uma abordagem cuidadosa diz que não haverá nenhum caso, mas quando houver um na comunidade, nós o esmagamos. É a melhor maneira de manter nossas vidas normais enquanto monitoramos as voltas e reviravoltas da Covid-19 ao longo do próximos seis meses” discursou Ardern.

    No momento o Brasil ainda é considerado um país de alto risco para contaminação do coronavírus. Isso acontece principalmente pelo alto contágio da variante gama. Ao todo,  42 destinos possuem restrições leves (quando não é necessário fazer quarentena) à entrada de turistas do Brasil, considerando apenas um comprovante de vacinação ou teste negativo de Covid-19. Alguns deles: República Dominicana, Ilhas Bahamas, Costa Rica, Belize, México, Colômbia, Venezuela, Egito e Emirados Árabes.

    O Ministério das Relações Exteriores mantém uma página com informações sobre países que impõe restrições de viagem a brasileiros. 

    A primeira-ministra neozelandesa ainda disse que o governo aumentaria o programa de vacinação da Covid-19 em preparação para uma reabertura em fases.

    “Nosso objetivo final é ter viagens sem quarentena para todos vacinados. E o que vocês podem ver a partir de hoje é que a nossa direção e ambição são claras. Mas simplesmente não estamos em posição de reabrir totalmente ainda”, explicou.

    A Nova Zelândia ainda não anunciou quais países são classificados como de baixo, médio ou alto risco. O governo disse também testará um programa para permitir que alguns viajantes que retornarem se isolem em casa entre outubro e dezembro deste ano.

    O país registrou uma das taxas mais baixas de infecção por Covid-19 entre as nações desenvolvidas. Em uma população de quase 5 milhões de pessoas, foram diagnosticadas menos de 3.000 casos e apenas 26 mortes.

    Em seu discurso, Ardern atribuiu a baixa taxa de casos em parte à decisão de fechar as fronteiras a todos os não residentes em março de 2020. A Nova Zelândia impôs regras de quarentena obrigatórias de 14 dias, limitando o número de cidadãos que podem entrar no país desde abril de 2020. 

    “Se a Nova Zelândia tivesse sido atingida tão duramente quanto o Reino Unido ou os Estados Unidos, quase 10.000 habitantes teriam morrido”, justificou. 

    Mas o controle intransigente das fronteiras também deixou a nação do Pacífico comparativamente isolada do resto do mundo. A primeira-ministra pareceu reconhecer esse fato durante seu discurso.

    “Não podemos manter as restrições de fronteira indefinidamente e, para ser absolutamente clara, também não queremos fazer isso, nem os especialistas com quem falamos. O fechamento de fronteiras foi apenas uma medida temporária para manter a Covid antes de uma vacina ser desenvolvida e administrada.”

    “Contanto que as evidências científicas mostrem que podemos fazer a transição com segurança de uma defesa de fronteira para a armadura individual da vacina, então essa é a direção que iremos”, acrescentou. 

    O anúncio de Ardern ocorre enquanto a vizinha Austrália continua lutando contra uma série de surtos da variante Delta, que deixou Sydney e Melbourne em confinamentos prolongados. A capital australiana, Canberra, anunciou que também começaria um bloqueio de uma semana depois que um caso Covid-19 foi detectado na cidade.

    Em 30 de julho, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou um roteiro para reabrir as fronteiras da Austrália em quatro etapas, uma vez que as taxas de vacinação atingissem mais de 70%.

    Tanto a Austrália quanto a Nova Zelândia lutam para vacinar sua população. Atualmente, apenas 23% da população da Austrália com mais de 16 anos recebeu ambas as doses, enquanto na Nova Zelândia não chega a 20%.

    Em seu discurso na quinta-feira, Ardern deixou claro que a Nova Zelândia não abandonaria sua política de apontar para zero casos de Covid-19, apesar do aumento da vacinação. 

     

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