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    Ataque a tiros deixa 29 feridos em metrô de Nova York; polícia encontra arma na estação

    Corpo de Bombeiros de Nova York confirmou dez baleados; não há informações sobre o motivo do tiroteio e suspeito não foi capturado

    Kristina SguegliaPervaiz ShallwaniBrynn Gingrasda CNN , Nova York

    Várias pessoas foram baleadas em uma estação de metrô do Brooklyn na manhã de terça-feira (12), disse o Corpo de Bombeiros de Nova York (FDNY). Os relatos iniciais apontavam para 16 feridos. Mas, com as atualizações, cerca de 29 pessoas foram tratadas em três hospitais próximos à região por ferimentos, nenhum dos quais com risco de vida, segundo representantes de um dos hospitais.

    Dos feridos, dez pessoas foram baleadas, enquanto outras foram tratadas por inalação de fumaça, estilhaços e pânico no ataque, disse a primeira vice-comissária do FDNY, Laura Kavanagh. O atirador suspeito ainda não foi capturado, e duas fontes policiais informaram à CNN que uma arma foi recuperada no local.

    A comissária do Departamento de Polícia da cidade, Keechant Swell, afirmou que não foram encontrados dispositivos explosivos ativos na estação e nos trens, e pediu que testemunhas continuem enviado fotos e vídeos para as autoridades, ainda que “pareçam insignificantes”. Relatos iniciais dos bombeiros falavam em “vários dispositivos não detonados” encontrados após os disparos.

    As autoridades de polícia de Nova York dizem que, no momento, não há motivo conhecido para o tiroteio no metrô do Brooklyn, mas eles “não estão descartando nada” em termos da investigação.

    “Estamos determinando qual é o motivo e descobriremos isso à medida que a investigação continuar”, disse Sewell em coletiva de imprensa.

    De acordo com a polícia, a investigação aponta que o atirador liberou fumaça em um dos trens e os tiros começaram logo em seguida, ainda dentro do vagão. Os oficiais afirmaram que a investigação não trata o incidente como um ato de terrorismo no momento, mas a possibilidade não foi descartada. Testemunhas afirmaram que o suspeito usava um colete amarelo de construção e uma máscara de gás, o que pode indicar premeditação do crime.

    Duas fontes policiais disseram à CNN que uma arma foi recuperada em uma estação de metrô.

    Os bombeiros foram chamados para a estação de metrô da 36th Street, no bairro de Sunset Park, no Brooklyn, por causa de uma condição de fumaça por volta das 8h30. Lá, várias pessoas foram encontradas baleadas, disse o FDNY.

    A Metropolitan Transit Authority (MTA), que opera os metrôs, diz que também está investigando o incidente e que os trens D, N e R estão parados em ambas as direções no Brooklyn.

    A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, informou que o governo Joe Biden está “dando assistência através dos canais apropriados”. Uma equipe sênior da Casa Branca está em contato com o prefeito de Nova York, Eric Adams, e com a comissária do NYPD, Keechant Sewell, mas o presidente ainda não falou com Adams.

    “Tudo o que precisarem, tudo o que quiserem, estamos aqui para prover a eles”, acrescentou.

    O FBI também está trabalhando com o NYPD na investigação e está seguindo “todas as pistas viáveis”, disse Michael J. Driscoll, diretor assistente encarregado do escritório de campo do FBI em Nova York.

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    Grandes cidades aumentam o policiamento no transporte

    Sistemas de transporte em massa em outras cidades dos EUA estão aumentando o policiamento em decorrência do ocorrido em Nova York, e pedindo ao público que reporte qualquer acontecimento incomum.

    Confira como alguns municípios estão reagindo:

    • Boston: Mais oficiais estão patrulhando o metrô em Boston, de acordo com a Autoridade Policial de Transporte de Massachusetts Bay;
    • São Francisco: Sistema BART – transporte interligado da cidade – dentro e ao redor de São Francisco afirma estar usando patrulhas e uma rede de "mais de 4 mil câmeras para monitoramento";
    • Filadélfia: Operadora de transportes da cidade, a SEPTA, diz que a polícia está coordenando procedimentos da polícia na área para patrulhar o sistema;
    • Atlanta: No sistema MARTA, que interliga a capital da Geórgia às cidades adjacentes, o departamento de polícia impôs "oficiais adicionais, unidades K-9, e times de operações especiais em trens e estações de trem;
    • Washington D.C.: Autoridade de Trânsito da Área Metropolitana de Washington afirmou que "está monitorando a situação em desenvolvimento em Nova York" e está "implementando patrulhas como precaução."

    Aumento da criminalidade

    O ataque ocorreu em um momento onde a criminalidade aumenta em Nova York. Após um período de queda nas ocorrências, os números voltaram a subir e se aproximar dos níveis vistos antes da pandemia da Covid-19, que começou em março de 2020.

    O número de tiroteios na cidade aumentou em 8,4%, de 297 para 322, em comparação com o ano anterior, segundo as informações. O número de feridos nesses tiroteios aumentou de 332 para 363 de 2020 para 2021, de acordo com dados do NYPD.

    Autoridades reagem

    A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já foi informado sobre a situação e mantém contato com autoridades locais.

    A governadora de Nova York, Kathy Hochul, também informou pelas redes sociais que trabalha em conjunto com as autoridades nas investigações.

    A secretaria de Segurança Interna do país também está ciente do ataque e monitora o incidente, de acordo com publicação no Twitter de porta-voz do Departamento de Justiça.

    Testemunha diz que houve "muito pânico" quando fumaça tomou vagão do metrô

    Uma testemunha ocular que disse que estava no vagão do metrô onde ocorreu o tiroteio no Brooklyn descreveu o caos no local, e afirmou ter visto muito sangue no chão. Ela lembrou que os tiros soaram como fogos de artifício.

    O condutor do metrô disse que o trem estava atrasado devido ao trânsito dos trens minutos antes de o vagão chegar à plataforma da 36th Street em Sunset Park, de acordo com Yav Montano, e foi quando a fumaça de repente engoliu o carro.

    Ele então ouviu "o que eu pensei que era fogos de artifício, mas agora soube que eram tiros e estou grato por ter me escondido atrás de uma das cadeiras. Sinceramente, não tenho palavras para o que vivi".

    "Eu estava na frente do terceiro carro e tudo aconteceu na parte de trás do mesmo carro. Assim que a fumaça, incendiou, começou a engolir tudo, as pessoas começaram a migrar para a frente do carro", disse ele à CNN.

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