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    Nova onda de gripe aviária na França aumenta temores sobre permanência do vírus

    Milhares de aves marinhas morreram em torno da costa francesa nas últimas semanas por causa da infecção viral, que geralmente ocorre durante os meses de outono e inverno no Hemisfério Norte

    da Reuters

    Os penhascos ventosos da ilha de Rouzic devem estar repletos de gansos-patolas, mas uma onda fora de época de gripe aviária na costa atlântica francesa neste verão na Europa devastou os números da espécie, alarmando conservacionistas e avicultores.

    Milhares de aves marinhas morreram em torno da costa oeste da França nas últimas semanas por causa da infecção viral, que geralmente ocorre durante os meses de outono e inverno no Hemisfério Norte, levantando temores de que isso possa ter se tornado um risco por todo um ano e endêmico para a vida selvagem francesa.

    Isso representa um perigo à indústria avícola da França, a segunda maior da União Europeia, que foi forçada a abater mais de 19 milhões de aves entre novembro e maio por causa da influenza aviária, como é formalmente chamada a gripe aviária.

    “A gripe aviária está atingindo as aves marinhas na primavera e no verão, o que é totalmente novo. Tradicionalmente, a gripe aviária atinge principalmente as aves aquáticas durante o inverno”, disse Pascal Provost, diretor da reserva de aves do arquipélago de Sept-Iles, que inclui a ilha de Rouzic.

    Desde o final de julho, sete novos surtos de gripe aviária foram confirmados em fazendas francesas, segundo o Ministério da Agricultura.

    “A situação é excepcional — nunca encontrada na França antes — devido à sua escala e ao período em que os casos estão sendo detectados”, disse o ministério em seu site, alertando sobre o risco de contaminação das granjas.

    A gripe aviária é geralmente transmitida por fezes de aves selvagens migratórias infectadas ou pelo contato direto com alimentos, roupas e equipamentos contaminados.

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