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    No G7, Japão e Alemanha querem repensar relação com países emergentes

    Aproximação com o chamado “Sul Global” tem sido um dos focos da cúpula do G7 deste ano em Hiroshima, no Japão

    Sakura MurakamiAndreas Rinkeda Reuters , Hiroshima

    Japão e Alemanha disseram que chegou a hora de repensar como as instituições mais poderosas do mundo — incluindo o Conselho de Segurança da ONU — lidam com países emergentes.

    A aproximação com o chamado “Sul Global”, denominação dada a um grupo de países de renda baixa ou média que inclui Índia e Brasil, tem sido um dos focos da cúpula do G7 deste ano em Hiroshima, no Japão.

    O interesse não é apenas altruísta. As democracias mais ricas do mundo estão olhando com desconfiança para a forte presença da China no mundo em desenvolvimento e preocupadas com sua influência sobre cadeias de suprimento e minerais essenciais.

    Alguns dos empréstimos da China deixaram países em desenvolvimento “presos em dívidas”, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

    A China, que emprestou centenas de bilhões de dólares para construir infraestrutura em países em desenvolvimento, chamou esses comentários de “irresponsáveis” e afirmou que os Estados Unidos deveriam tomar ações práticas para ajudar os países em desenvolvimento.

    Japão e Alemanha pressionam há anos por uma reforma do Conselho de Segurança. Junto com Brasil e Índia, pedem assentos permanentes.

    Esses esforços ganharam um novo impulso no G7 neste sábado, quando o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se encontraram durante a cúpula e concordaram em trabalhar por reformas no Conselho.

    Publicado por Danilo Moliterno.

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