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    Netanyahu diz que revisou parte de plano para reforma judicial em Israel

    Primeiro ministro de Israel fez promessa de reforma em janeiro deste ano, sob o argumento de que o judiciário estava invadindo áreas políticas das quais não tinha autoridade

    Bharat Govind GautamBansari Mayur KamdarBengaluruAri RabinovitchMaayan LubellSteven Scheerda Reuters , em Jerusálem

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que abandonou um elemento central de um plano controverso para reverter poderes da Suprema Corte que tem atormentado o país há meses, embora ele ainda esteja buscando mudanças na forma como os juízes são selecionados.

    Em uma entrevista filmada publicada no site do Wall Street Journal nesta quinta-feira (29), Netanyahu disse que não está mais tentando conceder ao Parlamento a autoridade para anular as decisões da Suprema Corte.

    “Eu joguei isso fora”, disse Netanyahu sobre a polêmica “cláusula de anulação”.

    Ele disse que outra parte do plano de seu governo nacionalista-religioso, que daria à coalizão governista influência decisiva na nomeação de juízes, será alterada, mas não descartada.

    “A forma de escolher juízes não será a estrutura atual, mas não será a estrutura original”, disse Netanyahu sem entrar em detalhes.

    Os comentários de Netanyahu incomodaram seu ministro da Polícia de extrema-direita, Itamar Ben-Gvir, que acusou o primeiro-ministro de ceder aos manifestantes. “Fomos eleitos para trazer governança e mudança, a reforma é a pedra angular dessa promessa”, tuitou Ben-Gvir.

    O governo de Netanyahu revelou seu plano para reformar o sistema judiciário de Israel em janeiro, logo após chegar ao poder, dizendo que a Suprema Corte estava invadindo cada vez mais áreas políticas nas quais não tinha autoridade.

    O plano desencadeou protestos em massa, com críticos dizendo que era uma ameaça à democracia. Os Estados Unidos pediram a Netanyahu para buscar acordos amplos sobre reformas, em vez de conduzir rapidamente mudanças unilaterais que, segundo o aliado, comprometeriam a saúde democrática de Israel.

    Depois de semanas de manifestações e com os mercados financeiros cada vez mais nervosos com as mudanças propostas e a agitação política que se seguiu, Netanyahu adiou a aprovação do plano no final de março para conversar com a oposição.

     

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