Netanyahu diz que Israel “lutará até a vitória” após Hamas libertar reféns dos EUA
Primeiro-ministro israelense sinalizou que não haverá pausa no bombardeio militar contra a Faixa de Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu “lutar até a vitória” na Faixa de Gaza, sinalizando que não haveria pausa no bombardeio militar e na esperada invasão do enclave após o Hamas libertar dois reféns dos Estados Unidos.
O grupo radical islâmico Hamas, que governa Gaza, libertou na última sexta-feira (20) as norte-americanas Judith Tai Raanan, de 59 anos, e sua filha Natalie, de 17 anos, que foram sequestradas após o ataque terrorista em 7 de outubro.
“Dois dos nossos sequestrados estão em casa. Não vamos desistir do esforço para devolver todas as pessoas sequestradas e desaparecidas”, disse Netanyahu.
“Ao mesmo tempo, continuaremos lutando até a vitória”, prosseguiu.
Uma imagem obtida pela Reuters após a libertação mostrava as duas mulheres cercadas por três soldados israelenses e de mãos dadas com Gal Hirsch, coordenador de Israel para os reféns e desaparecidos.
Contatado por telefone em Bannockburn, em Illinois, nos arredores de Chicago, Uri Raanan, o pai da adolescente, disse que conversou com a filha por telefone. “Ela parece muito, muito bem, muito feliz, e parece bem”, disse.
Abu Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas, disse que os reféns foram libertos em parte “por razões humanitárias” em resposta aos esforços de mediação do Catar.
Israel reuniu tanques e tropas perto de Gaza para uma invasão terrestre planeada.
O bombardeio de Gaza matou pelo menos 4.137 palestinos, incluindo centenas de crianças, enquanto mais de um milhãod de pessoas foram deslocadas, segundo autoridades locais.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que alcançar os objetivos de Israel não seria rápido nem fácil.
“Vamos derrubar a organização Hamas. Vamos destruir a sua infraestrutura militar e governamental. É uma fase que não será fácil. Terá um preço”, disse Gallant a uma comissão parlamentar.
Ele acrescentou que a fase subsequente seria mais prolongada, mas visava alcançar “uma situação de segurança completamente diferente”, sem nenhuma ameaça a Israel a partir de Gaza. “Não é um dia, não é uma semana e, infelizmente, não é um mês”, explicou.