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    Negociações venezuelanas devem entrar em fase desafiadora, diz oposição

    Discussões acontecem na Cidade do México e são mediadas pela Noruega

    Gerardo Blyde, da oposição venezuelana, participa de entrevista coletiva na Cidade do México26/11/2022
    Gerardo Blyde, da oposição venezuelana, participa de entrevista coletiva na Cidade do México26/11/2022 REUTERS/Henry Romero

    Vivian SequeraMayela Armasda Reuters

    As negociações entre o governo venezuelano e a oposição do país, que foram retomadas no fim de semana, devem entrar em um estágio crucial, disse o líder do grupo da oposição venezuelana para o diálogo nesta segunda-feira (28), enquanto os adversários políticos buscam encerrar uma crise econômica prolongada.

    “Agora é que as negociações ficam difíceis”, disse Gerardo Blyde, que lidera a equipe de negociadores da oposição venezuelana, em entrevista a uma rádio local.

    As negociações estão em andamento, mas ainda não têm um cronograma definido. As discussões acontecem na Cidade do México e são mediadas pela Noruega.

    A oposição tentará se reunir com o governo venezuelano novamente antes do final do ano para discutir direitos humanos, prisioneiros políticos e outros tópicos, incluindo “condições eleitorais”, disse Blyde.

    Representantes do presidente Nicolás Maduro e da oposição se reuniram na Cidade do México no sábado para retomar as negociações formais após um hiato de mais de um ano.

    As partes assinaram um “acordo social”, pedindo à ONU para administrar o dinheiro venezuelano atualmente congelado em contas internacionais em um fundo para ser usado para fins de ajuda, totalizando cerca de 3 bilhões de dólares.

    O acordo “não é a solução”, no entanto, disse Blyde, descrevendo-o como um passo “paliativo”.

    Os 3 bilhões de dólares não são suficientes para atender às necessidades da Venezuela, disse ele, acrescentando que, uma vez criado o fundo, o plano é distribuir o dinheiro em fases, levando cerca de três anos.

    Ainda não há data para a criação do fundo, que será usado para fazer melhorias na rede elétrica, hospitais e escolas do país, onde cerca de metade vive na pobreza.