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    Nayib Bukele é taxado como ditador; este grupo nunca se sentiu tão livre

    Enquanto críticos alegam ser uma ditadura, muitos cidadãos veem uma El Salvador transformada, com aumento da segurança e oportunidades renovadas, refletindo uma liberdade inédita

    David CulverAbel AlvaradoEvelio ContrerasRachel Clarkeda CNN , San Salvador, El Salvador

    Durante décadas, as escolhas de vida eram sombrias para muitos em El Salvador: sair ou morrer. Conhecida como a “capital do assassinato do mundo”, havia uma média de um homicídio por hora no início de 2016, neste país de apenas 6 milhões de pessoas – dois milhões a menos do que a população de Nova York.

    A guerra de gangues provocou um êxodo de salvadorenhos, principalmente para o norte, rumo aos Estados Unidos. Mas agora, a situação de segurança é tão diferente que as pessoas estão voltando, mesmo depois de construir novas vidas nos EUA ao longo de décadas.

    A transformação é resultado do presidente Nayib Bukele e de seu crescente controle sobre o poder, que lhe permitiu trazer paz às ruas, embora a um custo. Alguns direitos constitucionais, como o devido processo legal, foram suspensos sob medidas de emergência, levando a um aumento maciço de prisões e a um clamor de grupos de direitos humanos.

    A CNN viajou ao país para ver e ouvir o que os salvadorenhos pensam.

    Deportados e agora gratos

    Quando Victor Bolaños e sua esposa, Blanca, perderam seu processo de asilo em um tribunal de imigração dos EUA, o “sonho americano” deles desmoronou. Quando aceitaram uma ordem de saída voluntária, o casal sabia que teria que deixar para trás a vida que haviam construído por mais de 15 anos em Denver e retornar ao seu El Salvador natal e às condições que os fizeram fugir de lá.

    “Voltamos há seis anos, e tudo era inseguro”, lembra Victor, sentado na modesta casa que o casal agora compartilha na capital, São Salvador. Aos 65 anos, sua voz carrega o peso do que enfrentaram ao retornar em 2018. “Quando voltamos, a situação parecia difícil por causa da insegurança, muitos roubos, muitas gangues”.

    Mas, alguns anos após o retorno, algo inesperado aconteceu. A violência diária implacável diminuiu, e as ruas começaram a se acalmar. O medo sufocante que havia definido a vida cotidiana começou a desaparecer.

    El Salvador, uma vez sinônimo de violência e ondas de emigração, viu uma queda dramática no crime. Para muitos cidadãos, essa mudança ofereceu mais do que apenas segurança – ofereceu a tão necessária esperança.

    Blanca e Victor Bolaños abriram um negócio em casa após retornarem a El Salvador • Evelio Contreras/CNN

    O mundo também notou. De repente, a pequena nação da América Central parecia estar se reinventando sob Bukele, que foi eleito presidente em 2019 aos 37 anos. Quando seu partido Novas Ideias assumiu o controle do Congresso, ficou mais fácil para as regras serem alteradas ou quebradas.

    Bukele venceu a reeleição, mesmo com a constituição do país proibindo qualquer um de se candidatar a um segundo mandato. Um estado de emergência “temporário” que concede poderes autoritários de detenção está em vigor há mais de dois anos. A Human Rights Watch diz que até mesmo crianças estão sendo afetadas por “graves violações dos direitos humanos”.

    No entanto, em São Salvador, Blanca está em sua sala de estar, criando cuidadosamente joias feitas à mão. “Agora, a gente se sente seguro, a liberdade é sentida em nosso país”, diz ela.

    Ela e seu marido, Victor, dizem que o aumento da segurança lhes permitiu começar um pequeno negócio de joias em casa, algo que antes parecia impossível. “Agora você pode ter um negócio, se você procurar, há empreendedores por todo o país”, diz Blanca, refletindo sobre como, não muito tempo atrás, a extorsão de gangues teria destruído qualquer empreendimento desse tipo.

    Durante décadas, pessoas da América Central, particularmente do triângulo norte de El Salvador, Honduras e Guatemala, fugiram da violência e da insegurança, buscando proteção e oportunidades nos EUA. Mas novos dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) revelam uma tendência surpreendente – menos salvadorenhos estão indo para o norte.

    Esta mulher diz que agora pode administrar um negócio, já que a paz voltou às ruas de El Salvador • Evelio Contreras/CNN

    Em 2022, a CBP registrou mais de 97 mil encontros com cidadãos salvadorenhos na fronteira sul. Em 2023, esse número caiu para pouco mais de 61 mil, e 2024 está a caminho de uma nova queda em comparação com 2023.

    Embora esses números possam parecer promissores, as causas raízes da imigração permanecem complexas. Muitos salvadorenhos ainda deixam seu país devido a dificuldades econômicas e falta de oportunidades.

    Embora a economia de El Salvador tenha mostrado um crescimento lento e constante desde que Bukele assumiu o cargo, de acordo com o Banco Mundial, a nação ainda luta para oferecer oportunidades suficientes para seus cidadãos.

    Deixando Houston para construir um resort à beira-mar

    Nos últimos 27 anos, Diego Morales construiu uma vida longe de casa. O investidor imobiliário de 48 anos, casado e pai de três filhos, deixou El Salvador em 1997, em busca da segurança, estabilidade e oportunidades que os EUA tinham a oferecer. A ideia de retornar nunca havia passado pela sua cabeça – até que as histórias sombrias de violência que assombravam sua terra natal por tantos anos foram substituídas por contos de segurança renovada.

    A infância de Diego foi marcada por um constante senso de perigo. “Eu acordava, ia para a escola e encontrava pessoas mortas na rua”, ele se lembra, sua voz carregando o peso das dolorosas memórias enquanto ele está dentro de sua bem cuidada casa no subúrbio de Houston.

    Mas hoje, El Salvador não é mais o país que ele deixou. “Agora é seguro e muitas pessoas estão voltando”, diz Diego, suas palavras refletindo o otimismo que se espalha entre os salvadorenhos e outros no exterior.

    Diego Morales fugiu quando jovem. Agora, seus filhos nascidos nos Estados Unidos podem segui-lo de volta para El Salvador • Evelio Contreras/CNN

    A reputação do país mudou dramaticamente. Uma vez conhecido pela violência, El Salvador agora está atraindo ondas de investidores. “Muitas pessoas, até americanos… temos amigos da Flórida, de Austin, do Havaí, procurando comprar (propriedades)”, diz ele, um sinal de até onde a nação chegou.

    O próprio Diego está se preparando para retornar à terra que uma vez deixou para trás. Ele já investiu em Tamanique, sua cidade natal, a cerca de uma hora de carro da capital, onde construiu um resort à beira-mar que agora administra remotamente.

    Ao longo da costa salvadorenha, você pode encontrar cidades litorâneas como El Tunco, El Zonte e La Libertad vibrando com novas construções, capturando a atenção de turistas e desenvolvedores imobiliários ansiosos para capitalizar o renascimento do país. Falésias que antes eram postos de observação de gangues agora estão sendo consideradas locais cênicos para hotéis.

    “Assim que o presidente Bukele trouxe segurança para este país, tudo subiu (em valor)”, diz Diego, acrescentando que terrenos que custavam cerca de US$ 100 mil há cinco anos agora estão sendo vendidos por dez vezes esse preço.

    E o sonho salvadorenho não é apenas dele – seu filho de 23 anos, Jairo, um cidadão nascido americano, também planeja seguir os passos do pai. “Tivemos conversas… já está começando”, diz Jairo, seus olhos brilhando com a promessa de retornar às suas raízes.

    O governo de El Salvador está cortejando aqueles que partiram com um programa de isenções fiscais sobre bens e veículos para cidadãos que retornam ao país. Desde 2022, quase 19 mil salvadorenhos se mudaram de volta sob esta iniciativa, de acordo com números do governo.

    Apoiadores de Nayib Bukele se reúnem na praça Gerardo Barrios em San Salvador • 4/2/2024 Divulgação via REUTERS

    “Sem piedade” para membros de gangues

    Há uma década, gangues como MS-13 e Barrio 18 aterrorizavam comunidades, extorquindo empresas e travando brutais guerras territoriais pelo controle dos bairros, e El Salvador era a nação mais violenta do hemisfério ocidental, de acordo com a InSight Crime.

    Mas algo extraordinário aconteceu desde então. Em 2022, o número de homicídios começou a cair drasticamente, e no ano seguinte houve 154 homicídios – uma queda impressionante de 97,7% em comparação com 2015, de acordo com dados do governo. Bukele até tuitou que a taxa de homicídios de seu país era a mais baixa de todas as Américas.

    A queda acentuada seguiu-se à introdução de medidas de emergência por Bukele, que concederam à polícia o poder de deter suspeitos sem acusações por até 15 dias e ao envio do exército por todo o país.

    As novas regras, que ainda estão em vigor, permitiram uma repressão sem precedentes às atividades das gangues, com mais de 80 mil pessoas detidas desde que o estado de emergência começou em março de 2022.

    Ponto central para esse esforço está o recém-construído “Centro de Confinamento de Terroristas”, ou Cecot, um complexo prisional maciço com capacidade para abrigar até 40 mil detentos. A prisão de segurança máxima atualmente abriga 14 mil membros de gangues – todos acusados de terem assassinado pelo menos uma pessoa.

    Imagens do Cecot mostram homens tatuados com a cabeça raspada em uma sala de concreto do tamanho de um armazém, repleta de beliches de metal, ou sentados em filas apertadas no chão, vestidos apenas com calções brancos, com a cabeça baixa e mãos atrás das costas. E, de acordo com as autoridades salvadorenhas, aqueles enviados ao Cecot nunca serão liberados.

    “Não temos piedade em crimes relacionados à vida”, disse o ministro da Segurança, Gustavo Villatoro, à CNN.

    “Acho que essa é a maneira de enfrentar um serial killer. Você tem que trabalhar, tem que preparar suas leis, para que, quando os colocar na prisão, eles nunca sejam liberados, porque a sociedade não merece isso”, afirmou. “Alguém que todos os dias mata pessoas, estupra nossas meninas. Como você pode mudar a mente deles? Não somos estúpidos”.

    As palavras de Villatoro ecoam a realidade brutal que El Salvador enfrentou por anos. Ele afirma que membros de gangues eram obrigados a matar pelo menos uma pessoa como parte de sua iniciação em grupos como MS-13 ou Barrio 18.

    “Imagine um serial killer em seu estado, em sua comunidade, sendo liberado por um juiz, como você se sentiria como cidadão?”, ele pergunta. “Não temos fatos que provem que alguém pode mudar a mente de um serial killer, e temos mais de 40 mil em El Salvador”.

    A abordagem rígida do governo não foi espontânea; foi meticulosamente planejada. Villatoro e membros do gabinete de Bukele começaram a estudar as gangues já em 2017.

    “Antes de começar uma guerra, você tem que conhecer seu inimigo”, explicou ele.

    Embora a campanha implacável do governo tenha sido elogiada por muitos por restaurar a paz, também atraiu críticas significativas. Grupos de direitos humanos acusaram a administração Bukele de abusos generalizados em sua batalha contra as gangues. Villatoro, no entanto, rejeita essas alegações, afirmando que o foco deve estar nas vítimas, não nos criminosos.

    Ministro da Segurança de El Salvador, Gustavo Villatoro, disse que estudou as gangues antes de enfrentá-las • Evelio Contreras/CNN

    “E quanto à sociedade, aos bons cidadãos que você tem no país… Onde estavam (esses grupos de direitos humanos) quando perdemos 30 salvadorenhos em nosso país por dia?”, ele pergunta de forma incisiva.

    Bukele tem sido inflexível em sua retórica. Em 2022, ele desafiou publicamente os defensores dos direitos humanos, dizendo para “pegarem para eles” os membros das gangues se eles se importavam tanto. “Venham buscá-los – nós os daremos a vocês, dois pelo preço de um”, declarou ele.

    A abordagem de pulso de ferro do presidente em relação à segurança lhe rendeu elogios de alguns conservadores dos EUA, que aplaudiram abertamente as táticas de Bukele. No entanto, na Convenção Nacional Republicana deste ano, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma crítica inesperada a Bukele ao abordar a nova segurança do país.

    “Em El Salvador, os homicídios caíram 70%. Por que caíram? Caíram porque estão enviando seus assassinos para os Estados Unidos da América”, alegou Trump, sem apresentar evidências para apoiar sua afirmação.

    A CNN perguntou ao ministro da Segurança Villatoro se a afirmação de Trump tinha algum fundamento.

    “Não”, respondeu Villatoro. “O problema com isso, você (Trump) não tem fatos, não tem evidências, mas nós temos evidências de onde colocamos nossos terroristas”, disse o ministro, referindo-se ao Cecot, a enorme prisão onde milhares de membros de gangues estão detidos.

    Em meio a repressão a gangues, El Salvador começa a transferir presos para "mega prisão"
    Em meio a repressão a gangues, El Salvador começa a transferir presos para “mega prisão” • Secretaria de Prensa de la Presidencia / Reuters

    Há meses, a CNN busca acesso ao Cecot, mas o governo salvadorenho tem repetidamente negado nossos pedidos para entrar no local.

    Em outros centros de detenção, membros de gangues de menor escalão e outros criminosos são encarregados de consertar o que as gangues quebraram e apagar sua presença. Alguns detentos são enviados para reconstruir casas, enquanto outros destroem lápides que celebram líderes do submundo.

    Preso “por ter cabelo comprido e tatuagens”

    No início de 2024, Juan Carlos Cornejo se viu envolvido nas prisões em massa de Bukele após uma ligação anônima à polícia acusá-lo de “associação ilícita”. Horas depois, ele estava na prisão, confuso e aterrorizado. Juan Carlos acredita que foi alvo simplesmente por causa de sua aparência.

    “Fui acusado de associação ilícita, mas não tenho nada a ver com isso. Gosto de música, rock, então minha aparência era diferente. Eu tinha cabelo comprido”, ele disse de sua casa mal iluminada e infestada de mosquitos em Santa Ana, uma cidade a cerca de 56 quilômetros da capital.

    “Tenho tatuagens, mas são expressões artísticas,” disse ele, sua frustração palpável. “Não houve investigação, nada”, ele afirma.

    Juan Carlos passou cinco longos meses na prisão. Antes de sua detenção, ele trabalhava como assistente veterinário, tratando de animais de estimação doentes ou feridos, e insiste que nunca havia sido preso antes.

    Juan Carlos Cornejo disse que suas tatuagens não têm nada a ver com gangues de El Salvador • Evelio Contreras/CNN

    Sua liberação ocorreu somente após o Socorro Jurídico Humanitário (SJH), um grupo dedicado a fornecer assessoria legal em casos de violações de direitos humanos, ter conseguido apresentar um habeas corpus em seu nome. Mas a história de Juan Carlos está longe de ser única. De acordo com o SJH, entre 33 mil e 35 mil pessoas foram “detidas de forma arbitrária sem qualquer justificativa” desde o início do estado de emergência.

    “O único argumento que foi apresentado… é que sua prisão foi devido a uma ‘ligação anônima’ que havia sido recebida, no entanto, nenhuma prova foi apresentada dessa alegada ligação”, disse a organização à CNN.

    Apesar das críticas generalizadas a essas táticas, o governo Bukele mantém sua posição firme. Os funcionários argumentam que essas medidas – embora duras – são feitas legalmente e são necessárias para garantir o futuro do país. E destacam os esforços para reabilitar dezenas de milhares de detentos condenados por crimes menores.

    Soldados armados nas ruas – e agradecidos

    Críticos argumentam que os salvadorenhos trocaram liberdade por segurança, mas as pessoas que conhecemos dizem que nunca se sentiram tão livres.

    Há a mãe que ri enquanto leva seu filho pequeno para o parque, sem medo de ser pega em um tiroteio, tropeçar em um cadáver ou ter que pagar o “aluguel” de extorsão da gangue apenas para entrar em seu próprio bairro. Há o pai, que não se preocupa mais com a possibilidade de seu filho ser recrutado por gangues.

    Ao contrário de lugares como Cuba ou China, onde os residentes podem parecer nervosos ao criticar regimes repressivos, em El Salvador o otimismo parece ser real.

    Soldados patrulham uma rua de um bairro anteriormente conhecido pela criminalidade em El Salvador • Evelio Contreras/CNN

    Teresa Lilian Gutierrez está no meio disso, e sua experiência mostra as muitas complexidades da vida em El Salvador hoje.

    “Agora está seguro, está calmo”, ela nos disse em uma rua em La Campanera, uma vez entre os bairros mais perigosos de San Salvador. “Antes ninguém visitava, nem mesmo a família”.

    Mas seu filho, que a ajudou financeiramente, não pode visitar, disse ela. “Ele está detido há dois anos em Mariona (prisão). Ele não é um membro de gangue, foi levado no estado de emergência”, disse ela, mostrando fotos de seu filho trabalhando como caixa em um restaurante.

    “Peço ao governo que o tire de lá, por favor. Falei com a advogada no ano passado porque iam liberá-lo, mas ela disse que não, que não vão entregá-lo para mim”, disse ela.

    O presidente Bukele desfruta de uma das maiores taxas de aprovação na América Latina, um sentimento ecoado pelas pessoas que encontramos enquanto estamos com o exército salvadorenho fazendo um tour por uma área outrora infestada por gangues, nos arredores de San Salvador.

    Carros blindados e soldados fardados não são mais motivos aterrorizantes para correr, mas sim oportunidades para crianças curiosas fazerem perguntas ou para apoiadores tirarem selfies.

    “Era tão ruim antes, você não podia ir a lugar algum”, diz uma mulher, radiante, enquanto tira uma foto com o ministro da Defesa, René Merino, que se tornou um símbolo da estratégia de segurança rígida do governo. Há alguns anos, ninguém nessa área olharia nos olhos de membros da polícia ou do exército, disse Merino, mas agora tudo mudou.

    Momentos depois, outra residente se adianta, agradece ao ministro e posa para uma foto, pedindo desculpas por interromper nossa entrevista. O que parecia mais uma passeata de vitória do que uma patrulha policial, paramos dezenas de vezes ao longo de algumas horas enquanto os residentes compartilham entusiasticamente sua gratidão.

    “Apenas (Deus) sabe como estávamos antes”, disse uma mulher à CNN, sua voz tremendo enquanto seus olhos se enchem de lágrimas. Suas emoções revelam as cicatrizes profundas deixadas pela violência que uma vez consumiu suas vidas diárias – e o alívio que se seguiu.

    Mas a pergunta iminente é: o que acontece depois de 2029, quando o mandato de Bukele chegar ao fim? Em uma entrevista recente, o presidente declarou que não buscaria um terceiro mandato, deixando muitos a se perguntar sobre o futuro.

    Para alguns, como Blanca Bolaños, a resposta já está clara. “Votei em Nayib desta vez, e na última, e se ele se candidatar novamente, eu votarei nele”, diz ela com convicção inabalável.

    À medida que o país lida com sua transformação, o legado de Bukele e suas táticas controversas serão testados. Se a nova estabilidade de El Salvador perdurar ou vacilar, só o tempo dirá. Mas, por agora, entre aqueles que dizem que suas vidas foram mudadas, há pouca dúvida: eles acreditam em Bukele e o seguiriam novamente.

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