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    Naufrágios no Mediterrâneo deixam 11 imigrantes mortos e mais de 60 desaparecidos

    Guarda costeira italiana e ONG alemã identificaram naufrágios na travessia para a Europa

    Gavin JonesRomolo TosianiAlvise Armellinida Reuters

    Onze imigrantes morreram e mais de 60 estão desaparecidas, incluindo 26 crianças, após dois naufrágios na costa sul da Itália, de acordo com grupos de ajuda, autoridades da guarda costeira e agências da ONU nesta segunda-feira (17).

    O grupo de ajuda alemão RESQSHIP, que opera o navio de resgate Nadir, disse que retirou 51 pessoas de um barco de madeira que estava afundando, incluindo duas inconscientes, e encontrou 10 corpos presos na parte inferior da embarcação.

    Os sobreviventes foram entregues à guarda costeira italiana e levados para a costa na manhã de segunda-feira (17), enquanto a embarcação de resgate se dirigia para a ilha italiana de Lampedusa, rebocando o barco de madeira com os falecidos, disse a instituição.

    A agência da ONU para refugiados, Acnur, a Organização Internacional para as Migrações e a agência das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, afirmaram em um comunicado conjunto que o barco partiu da Líbia, transportando imigrantes da Síria, Egito, Paquistão e Bangladesh.

    Separadamente, a guarda costeira italiana disse que estava procurando por um número não especificado de imigrantes desaparecidos após o naufrágio de um barco a vela cerca de 220 km a leste da região da Calábria.

    As autoridades disseram que 64 pessoas estavam desaparecidas no mar, enquanto 11 foram resgatadas e levadas para terra pela guarda costeira italiana, juntamente com o corpo de uma mulher.

    Shakilla Mohammadi, funcionária da instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF), disse ter ouvido dos sobreviventes que 66 pessoas estavam desaparecidas, incluindo pelo menos 26 crianças, algumas com apenas alguns meses de idade.

    “Famílias inteiras do Afeganistão são consideradas mortas. Eles partiram da Turquia há oito dias e ficaram com água durante três ou quatro dias. Eles nos disseram que não tinham coletes salva-vidas e que alguns navios não pararam para ajudá-los”, disse a funcionária em um comunicado.

    As agências da ONU afirmaram que os migrantes do segundo naufrágio vieram do Irã, Síria e Iraque.

    De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, das Nações Unidas, mais de 23.500 imigrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo desde 2014, tornando-o uma das rotas de imigração mais perigosas do mundo.

    As agências apelaram aos governos da União Europeia para que intensifiquem os esforços de busca e salvamento no Mediterrâneo e expandam os canais de imigração legais e seguros, para que os imigrantes “não sejam forçados a arriscar as suas vidas no mar”.

    Neste mês, 11 corpos foram recuperados do mar na costa da Líbia.

    No ano passado, outro barco de imigrantes que partiu da Turquia se chocou contra rochas perto da cidade de Cutro, na Calábria, matando pelo menos 94 pessoas.

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