Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Não temos garantia de nada do que a Rússia diz, diz comissário da União Europeia

    Virginijus Sinkevicius lembrou que, antes da guerra, Rússia dizia que não invadiria a Ucrânia; "e veja o que aconteceu", lembrou

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    O comissário da União Europeia (UE) para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevicius, afirmou nesta sexta-feira (29), em entrevista à CNN, que o bloco não possui garantia de nenhuma declaração dada pela Rússia durante a guerra na Ucrânia.

    “Todos os países livres do Báltico são membros da União Europeia e da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. É claro que isso nos dá garantias de segurança completamente diferentes. Mas nós definitivamente não podemos confiar e não sabemos quais serão os próximos passos da Rússia”, disse Sinkevicius ao analista de internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

    Segundo o comissário, antes do começo dos ataques contra a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladirmir Putin, e seus ministros afirmavam publicamente que não tinham a intenção de atacar o país. “E veja o que aconteceu”, complementa.

    “Há uma guerra na Europa que dura dois meses. Homens e mulheres inocentes estão morrendo todos os dias. Cidades ucranianas estão sendo destruídas, há uma crise humanitária em Mariupol e essa guerra cínica e bárbara está em andamento. Então não temos garantia de nada que a Rússia diz. Precisamos observar o que eles estão fazendo.”

    “Precisamos aumentar os esforços contra o desmatamento”

    Virginijus Sinkevicius comentou também sobre os esforços contra o desmatamento. Na sua opinião, para serem atingidos os objetivos firmados durante a COP-26 no ano passado, é necessário acabar com o desmatamento ilegal até 2028 e o desmatamento legal até 2050.

    “Nós precisamos colocar um esforço nisso. E eu vejo, é claro, que existe um escopo diferente de esforço do nosso lado. Temos que garantir que as commodities que estão associadas ao desmatamento não podem ser vendidas no mercado da União Europeia.”

    “Porque isso nos coloca em uma situação muito contraditória falando sobre as questões do desmatamento quando essas commodities podem ser facilmente vendidas no mercado da União Europeia. Eu acho que precisamos aumentar o esforço e estamos fazendo isso”, finalizou.