“Não haverá confissão de culpa neste caso”, diz advogado de Trump antes de audiência
Discussões entre a equipe jurídica de Trump e os promotores têm sido “sobre certas coisas processuais, mas nada substancialmente sobre a acusação”, declarou Joe Tacopina em entrevista
A acusação contra Donald Trump, nesta terça-feira (4), em Nova York, provavelmente será “um processo típico, que não leva muito tempo, 20 a 30 minutos”, disse seu advogado Joe Tacopina ao Good Morning America da emissora ABC, acrescentando que o ex-presidente será “processado como qualquer outra pessoa seria”.
As discussões entre a equipe jurídica de Trump e os promotores têm sido “sobre certas coisas processuais, mas nada substancialmente sobre a acusação”, disse Tacopina.
Quando o apresentador George Stephanopoulos sugeriu que Trump poderia simplesmente se declarar culpado das contravenções para encerrar o caso, Tacopina respondeu: “Uma coisa que posso garantir é que não haverá confissão de culpa neste caso”.
“Eu não acho que este caso vai ver um júri. Acho que vai desaparecer nos papéis [ser resolvido em acordo]”, acrescentou.
Em termos de outras limitações impostas a Trump, Tacopina disse: “Não há indicação de que haverá uma ordem de silêncio [“gag order”, em inglês. Determinação do juiz restringindo comentários públicos sobre o caso]. Isso não pode acontecer neste caso.”
Em momento inédito da história dos EUA, Trump deverá se apresentar hoje à Justiça
Autoridades envolvidas no processo tentam fazer com que a operação envolvendo o ex-presidente seja o mais discreta possível,
O escritório do promotor distrital local está investigando o ex-presidente sobre um suposto esquema de pagamento de suborno e encobrimento envolvendo a estrela de cinema adulto Stormy Daniels durante a campanha eleitoral à Presidência de 2016.
Trump, que prometeu manter sua candidatura para a Casa Branca em 2024, é o primeiro atual ou ex-presidente na história dos EUA a enfrentar acusações criminais formais.
À frente do julgamento estará o juiz interino da Suprema Corte de Nova York, Juan Merchan, que já sentenciou o confidente de Trump, Allen Weisselberg, à prisão, presidiu o julgamento de fraude fiscal da Organização Trump e supervisionou o caso de fraude criminal do ex-conselheiro Steve Bannon.