‘Nacionalistas têm vencido’, diz Alexandre Garcia sobre situação no Afeganistão
No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (16), o jornalista avaliou a tomada de poder do país pelo Talibã
No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (16), Alexandre Garcia avaliou a tomada de poder do Afeganistão pelo Talibã.
Os integrantes do Talibã tomaram o Palácio Presidencial em Cabul, capital do Afeganistão, neste domingo (15). O prédio foi desocupado por funcionários do governo, incluindo o ex-presidente Ashraf Ghani, que fugiu do país. De acordo com a rede Al Jazeera, um oficial de segurança do talibã disse que “nenhum sangue foi derramado” na transferência de controle do palácio. Ele também disse que há uma “transferência pacífica de instalações governamentais em andamento em todo o país”.
O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para discutir a situação política do Afeganistão. A pista do aeroporto de Cabul foi invadida por uma multidão em busca de um voo para deixar o país. Testemunhas dizem que pelo menos cinco pessoas morreram.
Garcia analisou: “Aquele que não aprende as lições da história repetem os erros, e os Estados Unidos são isso. O Afeganistão é um estado estrategicamente muito importante porque é bem no centro da Ásia. As fronteiras são a China, Paquistão, Irã e aquelas antigas repúblicas soviéticas. O Afeganistão foi estado tampão entre o grande Império Russo e o grande Império Britânico praticamente durante todo o século 19. […] Depois vieram os americanos, em 2001, sem terem aprendido as lições do Vietnã. E a principal derrota é dentro dos Estados Unidos, como [Joe] Biden agora vai explicar o desenlace dessa política em relação ao Afeganistão, onde os nacionalistas têm vencido defendendo o seu país de potências estrangeiras que se metem lá dentro. A lamentar esse terror, essas pessoas querendo fugir porque o Talibã é fundamentalista.”
O Liberdade de Opinião tem a participação de Alexandre Garcia e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
