Na Ucrânia, soldados russos reclamam de descaso e violência de comandantes
É o segundo vídeo que circula em um mês com supostos militares afirmando que são enviados para o campo de batalha em Donetsk sem nenhum apoio ou segurança
Pela segunda vez em um mês, homens que dizem estar com uma tropa russa enviada para a Ucrânia reclamaram de seus comandantes e do tratamento que recebem.
Os homens são do regimento 1439, que vem de Irkutsk, na Sibéria. Um grupo do mesmo regimento emitiu um protesto semelhante em janeiro. Não fica claro se o novo vídeo inclui homens envolvidos na denúncia anterior.
Em um vídeo publicado no sábado (25), o grupo afirmou ter recebido “ordens ilegais e criminosas” e ter sido enviado para a batalha sem “nenhum apoio”.
“Somos os enviados da região de Irkutsk, regimento 1439, que foram enviados para a República Popular de Donetsk [DPR, em inglês], da cidade de Novosibirsk, em 31 de dezembro de 2022”, diz um soldado encapuzado lendo uma mensagem e cercado por outros soldados.
“Pedimos ajuda para lidar com as ordens ilegais e criminosas de nosso comando. Os soldados da defesa territorial foram reunidos em um único dia e enviados para atacar a fortaleza Avdiivka, sem qualquer apoio de artilharia, comunicações ou equipamentos, para serem massacrados.”
Avdiivka é uma cidade que está sendo bastante disputada em Donetsk.
“Os comandantes da DPR estão disparando metralhadoras e veículos de combate contra nossos soldados porque (eles) se recusam a se juntar às unidades de assalto. Não adianta apelar para o Ministério Público Militar local, pois eles estão em total conluio com os comandantes. Neste momento, este batalhão está quase completamente destruído”, continuou o militar encapuzado.
Ao fim do vídeo, o militar diz que a unidade está em “posição desesperadora” porque os comandantes da República Popular de Donetsk “não se importam” com suas vidas.
Outro vídeo, também supostamente de homens do batalhão 1439, circulou no final de janeiro.
Nele, um grupo de soldados disse que estava sendo ameaçado e alvejados pelos comandantes por se recusar a entrar na linha de frente, além de estar sendo forçado a combater sem apoio adequado.
“Nosso comando nos diz diretamente que somos dispensáveis. Os comandantes ds DPR disparam metralhadoras contra nossos soldados porque eles se recusam a se juntar às unidades de assalto”, disse um homem vestido com uniforme militar. O vídeo foi publicado em 26 de janeiro.
O homem alegou que muitos de sua unidade foram enviados para a linha de frente sem nenhum treinamento e que dois deles morreram, enquanto outros 19 ficaram feridos. Ele também afirmou que os soldados estavam pagando por comida e água de seus “próprios bolsos”, vivendo em “completa desordem” e cuidando dos próprios ferimentos.
A CNN não pode verificar os vídeos de forma independente, ou se o grupo é de fato dos soldados do regimento 1439.
A TVRain, um canal russo independente. disse que recebeu o vídeo de sábado direto dos soldados.
A CNN pediu um posicionamento do Ministério da Defesa da Rússia.
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Bandeira ucraniana acenada em meio à destruição provocada pela guerra • Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022. • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques russos em Mariupol, na Ucrânia • Foto: Carlos Barria/Reuters
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Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022 • Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
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Áreas residenciais danificadas após Rússia lançar ataque maciço na capital ucraniana, Kiev • 25/02/2022 REUTERS/Umit Bektas
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Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeito. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Conversas entre Ucrânia e Rússia em Belarus • Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
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Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia • Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
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Assentamentos civis destruídos após ataques da Rússia em Kharkiv, no dia 3 de março de 2022 • tate Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
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Voluntários preparam ajuda humanitária para refugiados em Lviv, Ucrânia • 06/03/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk
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Bombeiros retiram feridos de prédio atingido por artilharia russa no subúrbio de Kiev, capital da Ucrânia • Cortesia do Serviço de Emergências da Ucrânia/Anadolu via Getty Images
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Carrinhos de bebês vazios simbolizando crianças mortas na Ucrânia, devido a ataques russos à Ucrânia • Anadolu Agency via Getty Images
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Civis tentam deixar Mariupol, uma das cidades mais atingidas pela Rússia na Ucrânia • Foto: Anadolu Agency via Getty Images
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visita Bucha após a divulgação de imagens que mostram corpos nas ruas da cidade • Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado ucraniano observa destroços nos arredores de Kiev • 03/04/2022REUTERS/Gleb Garanich
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Ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o então primeiro-ministro britânico Boris Johnson visitou a capital da Ucrânia, Kiev, no sábado, 9 de abril de 2022 • Ukrainian Presidency/Anadolu Agency via Getty Images
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Míssil russo destrói estrutura de governo em Mykolaiv, na Ucrânia • Matteo Placucci/NurPhoto via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia. • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Morador passa por edifícios destruídos em Mariupol, no sul da Ucrânia • Reuters
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Sepulturas de civis mortos na invasão da Ucrânia pela Rússia na cidade ucraniana de Mariupol • 19/04/2022 REUTERS/Alexander Ermochenko
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e o premiê britânico, Rishi Sunak, em Londres • 08/02/2023REUTERS/Toby Melville
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Soldado ucraniano caminha em frente a prédio em chamas na cidade de Bakhmut, na linha de frente da guerra • 13/02/2023 Forças Armadas da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Zelenskiy, Von der Leyen e Michel posam para foto durante encontro em Kiev • 03/02/2023Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Escombros de prédio residencial atingido por ataque russo em Chasiv Yar, na região ucraniana de Donetsk • 28/01/2023 REUTERS/Oleksandr Ratushniak
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, canta hino nacional do país durante visita a Kherson • 14/11/2022 Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Duvulgação via REUTERS
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Papa Francisco com bandeira da Ucrânia • 16/11/2022 Divulgação
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O presidente russo Vladimir Putin se reúne com chefes nomeados por Moscou de quatro regiões ucranianas, parcialmente ocupadas pela Rússia, no Grande Palácio do Kremlin em 30 de setembro de 2022, em Moscou, Rússia. Líderes separatistas das regiões anexadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhya chegaram a Moscou para assinar tratados para iniciar o processo de absorção de partes da Ucrânia na Rússia • Colaborador/Getty Images
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Parlamentares europeus e representantes ucranianos desfraldam bandeira ucraniana de 30 metros fora do Parlamento da UE, antes de decisão sobre candidatura • 23/06/2022REUTERS/Yves Herman
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, durante visita à região de Kharkiv • 29/05/2022 Serviço de Imprensa da Presidência Ucraniana/Divulgação via REUTERS
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Equipes removem escombros de prédio de teatro em Mariupol, na Ucrânia • 25/04/2022 REUTERS/Alexander Ermochenko
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Banda Kalush Orchestra é celebrada em retorno à Ucrânia após vencer Eurovision • 16/05/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk
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Torcedores com bandeiras da Ucrânia durante amistoso entre a seleção do país e a equipe alemã Borussia Moenchengladbach, na Alemanha • 11/05/2022 REUTERS/Thilo Schmuelgen
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