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    Na COP28, TCU apresenta plataforma digital para monitorar propostas climáticas

    Bruno Dantas, presidente do tribunal, diz à CNN que ferramenta permitirá que órgãos de controle de vários países auditem de maneira uniforme a implementação de políticas de preservação do meio ambiente

    Instrumento foi batizado de ClimateScanner e está sendo desenvolvido por órgãos de controle de 17 países
    Instrumento foi batizado de ClimateScanner e está sendo desenvolvido por órgãos de controle de 17 países 26/10/2022. REUTERS/Bruno Kelly/File Photo

    Américo Martinsda CNN

    Enviado especial a Dubai, Emirados Árabes Unidos

    O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, uma plataforma digital que vai permitir que os órgãos de controle de vários países monitorem as propostas e políticas climáticas de seus governos.

    O instrumento foi batizado de ClimateScanner e está sendo desenvolvido por órgãos de controle de 17 países, sob iniciativa e coordenação do TCU. A ferramenta vai coletar, consolidar e dar publicidade aos dados sobre ações governamentais relacionadas às mudanças climáticas.

    “O ClimateScanner vai examinar os dados dos países em três grandes eixos: políticas públicas, governança e financiamento. Com isso, vamos estabelecer uma metodologia única para que seja possível ter uma única linguagem em todos os países”, disse à CNN o presidente do tribunal, Bruno Dantas.

    “Isso vai permitir que as instituições independentes auditem e certifiquem esses dados”, destacou.

    Segundo Dantas, a plataforma foi muito bem recebida nas diversas apresentações feitas durante a cúpula do clima.

    O TCU informa que o ClimateScanner possui “quatro objetivos: avaliar ações de governo em nível nacional e internacional, consolidar informações, oferecer suporte à tomada de decisões e comunicar dados relevantes em linguagem de fácil compreensão”.

    Bruno Dantas afirma ainda que a intenção é que a plataforma seja global: “faremos uma convocatória em março, em Nova York, dos presidentes de tribunais de contas de todos os países para que pelo menos mais de 100 integrem a plataforma e possam auditar os dados dos seus governos”.

    O tribunal brasileiro propôs a criação e desenvolvimento da ferramenta no âmbito da Organização Internacional de Instituições Superiores de Controle (Intosai).

    O grupo executivo do ClimateScanner, que tem como principais funções o desenvolvimento de metodologia, a realização de pesquisas de suporte teórico e normativo, além da assistência em tecnologia e informação, é composto por 17 países e pela União Europeia.

    Integram o grupo executivo: Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, Índia, Indonésia, Maldivas, Marrocos, Nova Zelândia, Quênia, Reino Unido, Tailândia e União Europeia.