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    COP27

    Na COP27, Kerry defende uso de energia nuclear e anuncia nova iniciativa no mercado de carbono

    Enviado especial para o clima do governo americano diz que empresas poderão comprar créditos de carbono para apoiar países que desistam do uso do carvão como fonte energética

    Américo Martinsda CNN , em Sharm el-Sheik, no Egito

    O enviado especial para o clima dos Estados Unidos, John Kerry, defendeu nesta quarta-feira (8) na COP27 o uso da energia nuclear para combater as mudanças climáticas.

    Kerry reconheceu que era contra esse tipo de energia, que já causou uma série de desastres ao redor do mundo, como os de Chernobyl, na antiga União Soviética, em 1986, e de Fukushima, no Japão, em 2011.

    Na COP27, no entanto, ele declarou que a energia nuclear é fundamental para evitar o aquecimento global.

    “Nós simplesmente não atingiremos a meta de uma economia net zero até 2050 sem a energia nuclear”

    disse Kerry no estande dos EUA no evento.

    Logo depois, o enviado especial para o clima lançou publicamente uma nova iniciativa no mercado de carbono, liderada pelos americanos.

    Segundo Kerry, grandes empresas que não conseguirem atingir suas metas de redução de emissões poderão comprar créditos de carbono de países que desistirem de usar o carvão como fonte energética.

    O carvão é a fonte de energia mais poluente do mundo, mas o seu uso vem aumentando em várias regiões desde que a guerra na Ucrânia desestabilizou o mercado de gás e petróleo.

    Kerry afirmou que empresas como a Microsoft e a PepsiCo estão envolvidas na criação das regras para essa nova iniciativa – assim como alguns países e entidades ambientalistas.

    As empresas de petróleo, no entanto, estão automaticamente excluídas dessa iniciativa.

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