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    Na COP27, Al Gore diz que o Brasil decidiu parar de destruir a Amazônia

    Em discurso na COP27, ex-vice-presidente americano afirmou ainda que líderes globais têm um problema de credibilidade por falta de ação para conter as mudanças climáticas

    Américo MartinsMathias Broteroda CNN , em Sharm el-Sheik, no Egito

    O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore disse nesta segunda-feira (7), durante o seu discurso na abertura da cúpula de líderes mundiais presentes à COP27, que “o povo brasileiro escolheu, há poucos dias, parar de destruir a Amazônia”.

    Esta foi a primeira citação pública sobre o Brasil e a Amazônia entre os principais participantes da COP27.

    Gore, um reconhecido ativista ambiental, citou a Amazônia junto a outros exemplos do que ele chamou de “esperança” no combate às mudanças climáticas.

    O ex-vice-presidente mencionou também a Austrália, cujo povo, segundo ele, escolheu liderar “a revolução das energias renováveis”.

    Mencionou ainda os EUA, dizendo que “povo americano escolheu líderes que finalmente adotaram a maior e mais ambiciosa legislação climática da história do mundo”.

    A citação sobre o Brasil faz uma referência velada à eleição brasileira, ocorrida no dia 30 de outubro.

    Al Gore, no entanto, não mencionou o nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem do atual mandatário, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Ele também aproveitou a oportunidade para criticar os líderes mundiais, em conjunto, pelo que considerou ser seu mau desempenho com relação às mudanças climáticas.

    O ex-presidente disse que esses líderes tinham um problema de credibilidade no combate ao tema.

    “Todos nós temos um problema de credibilidade: estamos falando e começando a agir, mas não estamos fazendo o suficiente”

    disse Al Gore

    Por fim, Al Gore afirmou que o mundo precisa abandonar o “colonialismo dos combustíveis fósseis”.

    Al Gore fala durante o evento Climate Reality, em outubro; a organização foi fundada pelo ex-vice-presidente dos EUA / Reprodução/Twitter

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