Mundo precisa de R$ 28 tri em financiamento climático anual até 2030, diz estudo
Segundo estudo, transformação das economias está lenta demais para cumprir metas climáticas
O financiamento climático precisa de um aumento acentuado de US$ 5 trilhões (cerca de R$ 28 trilhões) por ano até 2030 para custear medidas de combate à mudança climática, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (28), alertando que a transformação das economias está lenta demais para cumprir as metas climáticas internacionais.
Do transporte à agricultura e eletricidade, o progresso deixa a desejar em todos os setores, no que diz respeito à redução das emissões que aquecem o planeta para limitar o aquecimento global a 1,5ºC e evitar seus piores efeitos, mostrou um estudo de cinco grupos ecológicos.
Nenhum dos 40 indicadores que o estudo avaliou está alinhado à meta do Acordo de Paris de 2015 de manter o aumento médio da temperatura “bem abaixo” de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, e idealmente em 1,5ºC.
Dos indicadores, 25 foram considerados “bem distantes” ou “distantes”, como o menor uso de carvão poluente para gerar energia e o aumento do financiamento climático.
Mas o estudo encontrou alguns pontos positivos, como a adoção mais abrangente da energia eólica e solar e mais veículos elétricos nas ruas.
“Embora existam alguns sinais animadores de progresso em alguns setores, no geral os esforços globais de mitigação do clima ainda são assombrosamente insuficientes”, disse Sophie Boehm, uma das autoras.
O estudo pediu um aumento considerável de investimentos para enfrentar a mudança climática, especialmente para países em desenvolvimento.