Mundo bateu recorde de pessoas deslocadas à força em 2023, diz ONU
Relatório aponta que 117 milhões foram obrigados a deixarem suas casas até o fim do ano passado; tendência é de alta em 2024
A agência das Nações Unidas para os refugiados divulgou na quinta-feira (13) um relatório dizendo que o número de pessoas deslocadas à força atingiu um recorde de 117,3 milhões no final do ano passado, e alertou que este número poderia aumentar ainda mais se não ocorressem grandes mudanças políticas globais.
No seu relatório sobre Tendências Globais no Deslocamento, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou que houve um aumento anual no número de pessoas deslocadas à força nos últimos doze anos.
O ACNUR estima que o deslocamento forçado continuou a aumentar nos primeiros quatro meses de 2024, e é provável que tenha ultrapassado os 120 milhões até ao final de abril.
“São refugiados, requerentes de asilo, pessoas deslocadas internamente, pessoas forçadas por conflitos, por perseguições, por formas diferentes e cada vez mais complexas de violência”, disse o chefe do ACNUR, Filippo Grandi.
Os conflitos que provocaram o deslocamento incluem a guerra no Sudão, que Grandi descreveu como “uma das mais catastróficas”, apesar de ter recebido menos atenção do que outras crises.
iEm Gaza, os bombardeamentos e a campanha terrestre de Israel fizeram com que cerca de 1,7 milhão de pessoas – quase 80% da população do enclave palestiniano – se tornassem deslocadas internamente, muitas delas de maneira recorrente.
