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    Multidão em Burkina Faso comemora golpe de Estado após queda de presidente

    Roch Kaboré foi derrubado por militares, que também suspenderam a Constituição e fecharam as fronteiras do país

    Anne MimaultThiam Ndiagada Reuters

    Mais de mil pessoas se reuniram na capital de Burkina Faso, Ouagadougou, nesta terça-feira (25) em apoio a um golpe de Estado que derrubou o presidente Roch Kaboré no dia anterior, dissolveu o governo, suspendeu a Constituição e fechou as fronteiras do país.

    O último de uma longa história de golpes na África Ocidental acontece em meio a uma insurgência islâmica sangrenta que fez milhares de vítimas fatais e deslocou milhões pela região do Sahel.

    Militares anunciaram que haviam derrubado Kaboré na segunda-feira (24), uma medida condenada internacionalmente, mas saudada entre a população do país, cansada da insegurança generalizada, suposta corrupção e profunda pobreza.

    A multidão se reuniu na praça nacional de Ouagadougou para tocar música ao vivo, com cornetas e dança. Um repórter da Reuters viu um grupo queimando uma bandeira francesa, um sinal da crescente frustração sobre o papel militar que a ex-potência colonial desempenha na região.

    “O ECOWAS não se importa conosco, e a comunidade internacional quer apenas condenar”, disse o manifestante Armel Ouedraogo, em referência ao bloco político regional da África Ocidental. “Isso é o que queremos”.

    As regiões rurais no norte e leste de Burkina Faso têm sido duramente atingidas por episódios de violência causados por extremistas islâmicos, incluindo o assassinato de 49 soldados em um posto de segurança em novembro, que levou a protestos violentos pedindo a derrubada de Kabore.

    Os golpistas, que se autodenominam de Movimento Patriótico pela Salvaguarda e Restauração (MPSR), liderados por um tenente-coronel chamado Paul-Henri Sandaogo Damiba, dizem que Kaboré fracassou em unir o país ou garantir a segurança.

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