MP da Venezuela referendou salvo-conduto para fuga de Edmundo González
Procurador-geral da Venezuela classificou episódio como novela medíocre
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou neste domingo (8) que o Ministério Público acompanhou os acordos entre o Poder Executivo da Venezuela e a diplomacia espanhola para a saída de Edmundo González do país.
González chegou neste domingo a Madri, onde agora é asilado político.
“Fomos informados da solicitação de asilo realizado por ele com base nas lei internacionais. O governo da Espanha e da Venezuela concordaram com o salvo-conduto de Edmundo (González) para se abrigar na Espanha. Em consequência, este Ministério Público expressa seu respeito absoluto das decisões do Executivo venezuelano”, afirmou Tarek Saab.
O procurador foi responsável pelo pedido de prisão contra Edmundo González, após o político faltar nas três ocasiões em que foi chamado para depor numa investigação sobre a suposta divulgação ilegal de atas eleitorais coletadas pela oposição.
Na coletiva, Tarek classificou o episódio como “medíocre” e afirmou a que líder da oposição, María Corina Machado, se portou como uma vilã de novela, ainda que em um papel secundário.
“Ontem, aconteceu o capitulo final de um episódio medíocre que causou sangue, suor e lágrimas de inocentes”, afirmou o procurador.
González chega à Espanha
González desembarcou neste domingo de um avião da Força Aérea Espanhola na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid.
O político passou os últimos dias asilado na residência oficial do embaixador da Espanha na Venezuela e, antes, estava abrigado na embaixada dos Países Baixos em Caracas.
Edmundo González agora dá início aos trâmites legais para regularizar sua situação de asilado político na Espanha.
Em nota, também neste domingo, o responsável pela diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que a saída de González da Venezuela é “um dia triste para a democracia”.
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