MP acusa prefeito de Nova York por corrupção, suborno e fraude
Erick Adams teria recebido vantagens de empresários turcos
O prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, foi acusado formalmente por cinco episódios relacionadas a suborno, fraude eletrônica e solicitação de contribuições de campanha de cidadãos estrangeiros, de acordo com um documento de 57 páginas divulgado pela promotoria na manhã desta quinta-feira (26).
Ele enfrenta uma acusação de suborno e conspiração para cometer fraude eletrônica e duas acusações relacionadas ao recebimento de contribuições de campanha de cidadãos estrangeiros. Ele também é acusado de fraude eletrônica.
Mais cedo, a CNN havia confirmado a acusação com fontes próximas ao prefeito.
“Por quase uma década, Adams buscou e aceitou benefícios valiosos e impróprios, como viagens internacionais de luxo, inclusive de empresários estrangeiros ricos e de pelo menos um funcionário do governo turco que buscava obter influência sobre ele”, diz a acusação.
Ao “contrabandear as suas contribuições” para a campanha de Adams através de doadores e atores estrangeiros, Adams “derrotou as leis federais que servem para impedir a influência estrangeira nas eleições dos EUA”.
Em 2018, quando Adams anunciou seus planos de concorrer à prefeitura de Nova York, ele supostamente aceitou e buscou contribuições ilegais para sua próxima campanha para prefeito, diz a acusação.
As empresas também contornaram a proibição municipal de contribuições corporativas “canalizando as suas doações através de vários funcionários”, de acordo com a acusação.
O procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, deve discutir a acusação em uma entrevista coletiva ainda nesta quinta-feira.
A acusação surge na sequência de uma investigação federal de um mês levada a cabo pelo gabinete do procurador dos EUA em Manhattan, que estaria examinando minuciosamente a sua ligação com empresários turcos e às doações de campanha que recebeu.
Adams já negou qualquer irregularidade e repetiu frequentemente que disse aos membros de sua campanha e administração para seguirem a lei.
“Sempre soube que, se defendesse a posição dos nova-iorquinos, seria um alvo – e um alvo me tornei. Se eu for acusado, sou inocente e lutarei contra isso com toda a minha força e espírito”, disse Adams, respondendo ao noticiário na noite de quarta-feira (25).
(Em atualização)