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    Motim em prisão no Equador deixa 116 mortos; seis foram decapitados

    Confronto iniciado na terça-feira (28) foi o ato de violência mais mortal já registrado no sistema penitenciário do Equador

    Alexandra Valenciada Reuters , Quito

    O número de mortos no motim em uma das maiores prisões do Equador subiu para 116, disse o presidente Guillermo Lasso na quarta-feira (29), acrescentando que enviaria forças de segurança adicionais e liberaria fundos para evitar uma repetição.

    Outros 80 presos ficaram feridos durante os confrontos da noite de terça-feira (27) na Penitenciaria del Litoral, na província de Guayas, que tem sido palco de lutas sangrentas entre gangues pelo controle da prisão nos últimos meses.

    “É uma pena que grupos criminosos estejam tentando converter as prisões em um campo de batalha para disputas de poder”, disse Lasso a repórteres em Guayaquil, a maior cidade do Equador. “Peço a Deus que abençoe o Equador e que possamos evitar mais perdas de vidas humanas”.

    O confronto, que ocorreu na terça-feira, foi o ato de violência mais mortal já registrado no sistema penitenciário do Equador. Conflitos semelhantes ocorreram em fevereiro e julho de 2021 em várias prisões em todo o país. Pelo menos 79 pessoas morreram na violência de fevereiro e, em julho, pelo menos 22 vidas foram perdidas.

    Dezenas de pessoas chegaram à prisão para buscar informações sobre parentes e exigir a responsabilização dos encarregados ​​pela segurança dos internos. O governo reforçou a presença militar fora das instalações. Lasso disse que o estado ajudaria as famílias dos presos mortos e feridos.

    A promotoria do país sul-americano disse na quarta-feira que seis dos prisioneiros mortos na Penitenciaria del Litoral foram decapitados.

    A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) já havia condenado a violência e a Human Rights Watch instou o governo do Equador a investigar exaustivamente a violência nas prisões e levar os responsáveis ​​à justiça.

    Em agosto, Lasso disse que o governo forneceria mais fundos para o sistema prisional superlotado para construir novas enfermarias e instalar novos equipamentos para melhorar a segurança.

     

    (Reportagem de Alexandra Valencia em Quito; Edição de Bill Berkrot, Sam Holmes e Lincoln Feawst)

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