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    Moscou diz que apoio militar dos EUA a Kiev é ‘desafio sério’ a sua segurança

    Rússia diz que fará todo o possível para se proteger no caso de uma escalada na Ucrânia; Otan pede que russos parem com provocações e diminuam tensão na região

    Soldados ucranianos patrulham fronteira com a Rússia após aumento da tensão na região
    Soldados ucranianos patrulham fronteira com a Rússia após aumento da tensão na região Foto: Ukrainian Armed Forces - 12.abr.2021/ Anadolu Agency via Getty Images

    A Rússia afirmou nesta terça-feira (13) que o apoio militar ativo dos Estados Unidos a Kiev é um sério desafio para a segurança de Moscou e acusou Washington e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de transformar a Ucrânia em um “barril de pólvora” com o aumento do fornecimento de armas, informaram agências russas, citando o Ministério das Relações Exteriores.

    A Rússia fará todo o possível para garantir sua segurança no caso de uma escalada na Ucrânia, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, segundo as agências.

    No início da terça-feira, Ryabkov alertou os EUA para garantir que seus navios de guerra fiquem longe da Crimeia “para seu próprio bem”, chamando sua aproximação do Mar Negro de uma provocação destinada a testar os nervos russos.

    Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que a Otan e o Ocidente devem agir rapidamente para evitar uma escalada de violência entre a Ucrânia e a Rússia.

    Ele disse que mais sanções contra Moscou e mais suporte militar a Kiev podem ajudar. “No nível operacional, precisamos de medidas que deterão a Rússia e conterão suas intenções agressivas. Isso poderia ser uma nova rodada de sanções que aumentaria o preço da agressão russa”, disse Kuleba em entrevista coletiva na Otan ao lado do secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

    “Isso poderia ser na forma de um apoio direto com o objetivo de fortalecer as capacidades de defesa da Ucrânia. Porque sabemos que a Rússia não mede esforços para impedir que terceiros países cooperem com a Ucrânia no setor de defesa. A Rússia está trabalhando duro para minar nossas capacidades de defesa.”

    Stoltenberg pediu à Rússia que retire as tropas que a aliança afirma que Moscou está concentrando na fronteira com a Ucrânia, antes de uma reunião de emergência dos ministros das Relações Exteriores e da Defesa aliados.

    “Nas últimas semanas, a Rússia transferiu milhares de soldados prontos para o combate para as fronteiras da Ucrânia, a maior concentração de tropas russas desde a anexação ilegal da Crimeia em 2014”, disse Stoltenberg.

    “A Rússia deve acabar com esse aumento militar ao redor da Ucrânia, parar com suas provocações e desescalar a tensão imediatamente”, disse ele ao lado de Kuleba, que defendeu uma “solução diplomática” para o caso.

    Unidades militares russas fazem exercícios perto da fronteira com a Ucrânia
    Unidades militares russas fazem exercícios táticos nas regiões de Stavropol e Krasnodar, perto da fronteira com a Ucrânia
    Foto: Reuters

    Tensão entre Kiev e Moscou

    Kiev e Moscou trocaram acusações pelo agravamento da situação na região oriental de Donbass, onde tropas ucranianas lutam contra forças apoiadas pela Rússia em um conflito que Kiev diz ter matado 14 mil pessoas desde 2014.

    O Ocidente expressou preocupação nas últimas semanas com o enorme aumento de forças russas perto da fronteira leste da Ucrânia e na Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Bruxelas nesta terça-feira e deve se reunir com Kuleba. 

    Espera-se que Blinken e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, estejam presentes na sede da Otan em Bruxelas para informar os outros 29 aliados sobre a Ucrânia, bem como sobre o Afeganistão, disseram os diplomatas.