Pelo menos 137 pessoas morreram após invasão russa, segundo presidente da Ucrânia
Segundo ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, primeiro dia de invasão deixou 169 feridos
Ao menos 137 pessoas morreram e 169 pessoas foram feridas – incluindo feridos de combate e não-combatentes – na sequência de ataques das forças russas.
Mais cedo, nesta quinta-feira (24), o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, confirmou 57 mortes, mas o número foi atualizado.
Falando direto no canal de televisão 1+1 da Ucrânia, Lyashko disse que hospitais e trabalhadores médicos também foram alvos de incêndio hoje – incluindo em Avdiivka e Vuhledar, em Donetsk – com baixas relatadas entre os trabalhadores médicos.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
[cnn_galeria active=”false” id_galeria=”697682″ title_galeria=”Rússia ataca a Ucrânia durante a madrugada desta quinta”/]
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Gun Tuysuz e Eliza Mackintosh, da CNN)