Moradores do norte de Israel rejeitam proposta de cessar-fogo com Hezbollah
Primeiro-ministro israelense instruiu o exército a continuar no combate
Os moradores da cidade de Nahariya, no norte de Israel, rejeitaram nesta quinta-feira (26) as propostas de cessar-fogo com o Hezbollah, depois que os Estados Unidos e a França pediram a interrupção por 21 dias dos combates que mataram centenas de pessoas no Líbano e geraram temores de uma invasão terrestre.
Conforme os foguetes do Hezbollah eram vistos sendo interceptados sobre a cidade, os residentes insistiam em manter sua posição de resolver o problema com o grupo militante baseado no Líbano de uma vez por todas.
“Acho que devemos… acabar com esse problema, com o Hezbollah e também com Gaza”, disse o aposentado Elie Sebbag.
“Precisamos… acabar com isso, matá-los, detê-los, fazer alguma coisa.” disse Sebbag
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, também rejeitou as propostas desta quinta-feira, dizendo que “não haverá cessar-fogo no norte”.
Os comentários frustraram as esperanças de um rápido acordo pacífico, depois que o primeiro-ministro libanês Najib Mikati expressou a expectativa de que um cessar-fogo seria alcançado em breve no Líbano, aonde centenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas em busca de segurança.
Os combates mais intensos em quase duas décadas entre Israel e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, aumentaram os temores de uma nova ofensiva terrestre israelense na fronteira entre o Líbano e Israel.
Países como os Estados Unidos, a França e vários aliados solicitaram um cessar-fogo imediato de 21 dias na fronteira entre Israel e Líbano, além de expressarem apoio a um cessar-fogo em Gaza após intensas discussões nas Nações Unidas na quarta-feira (25).
Os moradores de Nahariya parecem descartar essa posição.
O lojista Gil Jakov disse que acreditava que qualquer período de trégua seria usado pelo Hezbollah para se organizar para futuros ataques com mísseis.
Ataques aéreos israelenses durante a noite atingiram aproximadamente 75 alvos do Hezbollah no Vale de Bekaa e no sul do Líbano, incluindo instalações de armazenamento de armas e lançadores prontos para disparar, disseram os militares israelenses nesta quinta-feira.
No último ataque mortal, pelo menos 23 sírios, a maioria mulheres e crianças, foram mortos quando Israel atingiu um prédio de três andares na cidade libanesa de Younine durante a noite, disse o prefeito da cidade, Ali Qusas, à Reuters.
O Líbano é o lar de cerca de 1,5 milhão de sírios que fugiram da guerra civil no país.