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    Modelo brasileira é impedida de embarcar em voo por ser “gorda demais”

    A modelo Juliana Nehme está retida no Líbano e afirma ter sido vítima de gordofobia pela Qatar Airways

    Vinícius Bernardesda CNN* , em São Paulo

    Na última terça-feira (22), a modelo plus size e influenciadora digital Juliana Nehme afirmou ter sido vítima de gordofobia pela Qatar Airways, no Líbano. Segundo ela, a companhia aérea a proibiu de realizar uma viagem com destino a São Paulo por ser “gorda demais”.

    Em uma série de vídeos postados no Instagram, a modelo, visivelmente abalada, conta que foi barrada de embarcar na conexão do Líbano para Doha, no Qatar, — e posteriormente voar para São Paulo, no Brasil — por conta de seu peso:

    “A aeromoça da Qatar disse que eu não posso embarcar porque eu sou muito gorda e não tenho direito a essa passagem. Estamos eu, a minha mãe, a minha irmã e o meu sobrinho. Nós pagamos 4 mil dólares por essas passagens. Agora, ela simplesmente se nega a dar as passagens e a me deixar embarcar no voo para Doha e de lá para São Paulo porque sou gorda. O que eu vou fazer?”, desabafou.

    Juliana disse ainda que a companhia alegou que ela teria que comprar uma passagem executiva de 3 mil dólares ou dois bancos comuns para “caber no assento” e seguir viagem, pagando multa por não ter embarcado na data marcada.

    “Eu nunca na minha vida, imaginei passar por tudo o que eu passei aqui. Eu já passei por gordofobia diversas vezes, mas nunca imaginei passar por isso”, compartilhou a modelo.

    Sem conseguir resolver o problema, a influenciadora que segue no Líbano acompanhada da família, permanece à espera de uma solução, contando com apoio da Embaixada do Brasil no país para poder retornar:

    “Eu consegui falar com o embaixador do Brasil no Líbano hoje e ele está me ajudando de todas as formas possíveis. Ele falou com a Qatar, mas ela não abre mão. (Antes) eles disseram que eu teria que pagar uma passagem extra e pagar a multa. Hoje, com o embaixador, eles disseram que eu preciso comprar duas passagens extras para mim e pagar uma multa da minha mãe. Eles não entram em acordo”, revelou.

    “O embaixador está fazendo de tudo para nos ajudar, mas ele disse que está muito difícil. Em relação à parte jurídica, como a passagem foi comprada aqui no Líbano, o Brasil não consegue fazer nada. Tudo está preso, só a Qatar pode fazer algo.”

    Em nota, o Itamaraty confirma que está prestando suporte à modelo:

    “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, está em contato com a nacional e presta a assistência cabível à cidadã brasileira, em conformidade com os tratados internacionais vigentes.”

    Apesar do constrangimento, a modelo também agradeceu o apoio que vem recebendo nas redes sociais:

    “Eu agradeço de coração todo carinho e toda luta por um mundo mais justo, sem preconceito e nem gordofobia”,

    Procurada pela CNN, a Qatar Airways não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

    *Com supervisão de Giulia Alecrim

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