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    Míssil da Coreia do Norte aterrissa na costa sul-coreana e provoca alertas de ataque aéreo

    Lançamentos ocorreram horas após Pyongyang exigir os EUA e a Coreia do Sul interrompessem exercícios militares em larga escala

    Josh SmithSoo-hyang Choida CNN

    Um míssil balístico norte-coreano caiu a menos de 60 quilômetros da costa sul-coreana nesta quarta-feira (2). Esta foi a primeira vez que um aparente teste caiu perto das águas sul-coreanas, levando a alertas de ataque aéreo, disseram autoridades.

    O míssil foi um dos três mísseis balísticos de curto alcance disparados da área costeira norte-coreana de Wonsan para o mar, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

    O JCS disse que pelo menos um dos mísseis pousou 26 quilômetros ao sul da Linha de Limite Norte (NLL), uma fronteira marítima intercoreana disputada. O míssil caiu a 57 quilômetros da cidade sul-coreana de Sokcho, na costa leste, e a 167 quilômetros de Ulleung, onde foram emitidos alertas de ataque aéreo.

    “Ouvimos a sirene por volta das 8h55 e todos nós no prédio descemos para o local de evacuação no porão”, disse um funcionário do condado de Ulleung à Reuters. “Ficamos lá até chegarmos lá em cima por volta das 9h15, depois de ouvir que o projétil caiu em alto mar.”

    Os lançamentos ocorreram poucas horas depois que Pyongyang exigiu que os Estados Unidos e a Coreia do Sul interrompam os exercícios militares em larga escala, dizendo que “tal provocação e imprudência militar não podem mais ser toleradas”.

    Um porta-voz dos militares sul-coreanos disse que as autoridades estão analisando os lançamentos para ver se as trajetórias de voo dos mísseis foram intencionais ou se um deles saiu do curso.

    Foi a primeira vez que um míssil balístico norte-coreano caiu perto das águas sul-coreanas, disse o JCS.

    “Nossos militares nunca podem tolerar esse tipo de ato provocativo da Coreia do Norte e responderão estrita e firmemente sob estreita cooperação entre Coreia do Sul e EUA”, disse JCS em um comunicado à imprensa.

    “Para a Coreia do Norte testar mísseis na direção S ou SE no Mar do Leste e em direção ao território sul-coreano é altamente incomum e particularmente provocativo”, escreveu Joseph Dempsey, pesquisador de defesa do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, em suas redes sociais.

    Na segunda-feira, os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram o Vigilant Storm, um de seus maiores exercícios aéreos militares combinados, com centenas de aviões de guerra de ambos os lados realizando ataques simulados 24 horas por dia.

    A Coreia do Norte testou um número recorde de mísseis este ano e disse que uma recente enxurrada de lançamentos foi uma resposta aos exercícios aliados.

    O ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, disse que o governo acredita que pelo menos dois mísseis balísticos foram lançados da Coreia do Norte, um voando para o leste e outro para o sudeste.

    “A Coreia do Norte tem lançado mísseis repetidamente em um ritmo sem precedentes, de novas maneiras que nunca vimos antes”, disse Hamada a repórteres em Tóquio na manhã de quarta-feira.

    “Essas ações ameaçam a paz e a estabilidade do Japão, da região em geral, bem como da comunidade internacional em geral, e são totalmente inaceitáveis”, acrescentou.

    O Japão apresentou uma queixa e protestou contra as ações por meio de canais diplomáticos em Pequim, disse ele.

    (Reportagem de Soo-hyang Choi, Choonsik Yoo e Josh Smith; reportagem adicional de David Brunnstrom em Washington e Sakura Murakami em Tóquio)

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