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    Ministério Público da Venezuela investiga morte de detido em esquema de corrupção em estatal

    Tarek William Saab, procurador-geral do país, disse que foi "um infeliz suicídio"

    Alejandra Ramosda CNN

    O Ministério Público da Venezuela está investigando a morte de Leoner Azuaje, que permaneceu sob custódia e no início desta semana foi apresentado a tribunal como réu em um esquema de corrupção na estatal Cartones de Venezuela, informou o procurador-geral do país, Tarek William Saab, no Twitter.

    A CNN está tentando se comunicar com a defesa e com os familiares de Azuaje para saber sua versão e sua reação sem ter recebido resposta até agora.

    Saab informou que para as investigações foram nomeados dois promotores que se encarregarão, juntamente com a Polícia Científica, da inspeção técnica, das entrevistas e da autópsia da lei para aprofundar o que, como garantiu, foi “um infeliz suicídio”.

    A CNN não foi capaz de confirmar de forma independente as circunstâncias da morte de Azuaje.

    Azuaje declarou em sua conta no Twitter que é engenheiro mecânico e professor universitário. Ele ocupou o cargo de presidente da Cartones de Venezuela e declarou-se “defensor das idéias de Chávez e Bolívar”.

    Azuaje compareceu na manhã de quarta-feira (19) a um tribunal especial antiterrorismo e corrupção instalado em El Helicoide, uma das sedes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), segundo o a reportagem do canal estatal Venezolana de Televisión.

    Após o término da audiência, as acusações não foram divulgadas.

    A CNN entrou em contato com o Ministério Público para saber as acusações contra Azuaje e outras duas pessoas apresentadas na mesma audiência, mas até agora nenhuma resposta foi recebida.

    Um grupo de organizações de defesa dos direitos humanos na Venezuela emitiu um comunicado em 3 de abril, no qual expressava preocupação com as alegações de que o direito de defesa seria violado ao não permitir que muitos dos detidos tivessem um advogado, mas, em vez disso, impõe-lhes a defesa pública .

    Chamam ainda a atenção para o fato de muitas destas pessoas terem sido levadas a tribunal fora do prazo legal de 48 horas para a realização da audiência de apresentação nos termos da lei.

    Essas organizações não governamentais pedem que os direitos humanos garantidos na constituição sejam respeitados e, nesse sentido, exigem que essa investigação seja realizada de acordo com o devido processo legal.

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